Monica Grayley*
As Nações Unidas expressaram “alarme profundo” com o sequestro de mais de 300 crianças de uma escola católica no estado de Níger, na Nigéria. O ataque ocorreu na madrugada de sexta-feira.
Em sua conta, numa rede social, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, afirmou que as escolas são “santuário para educação” e pediu o retorno de todas os sequestrados neste e outros incidentes de raptos no país africano.
ONU pede responsabilização
Segundo agências de notícias, este é o terceiro caso de sequestro, em menos de uma semana. Os crimes teriam levado o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, a adiar sua viagem ao Encontro de Cúpula do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, que está ocorrendo na África do Sul.
A vice-secretária-geral da ONU declarou que a violência a crianças é inaceitável. Amina Mohammed disse ainda que os autores do crime devem ser levados à Justiça para responder pelos sequestros.
Na segunda-feira, uma igreja cristã foi atacada no estado de Kwara. Homens armados mataram duas pessoas e sequestraram 38 fiéis. No mesmo dia, um outro colégio foi alvo de um atentado que terminou com 20 alunas sequestradas, no estado de Kebbi.
O caso da Escola de Santa Maria pode ser o maior sequestro em massa de alunas. O outro episódio que chocou o país e o mundo ocorreu em Chibok, no estado de Borno, onde 276 meninas foram levadas à força de um dormitório de internato, na madrugada de 15 de abril de 2014, por militantes do grupo islâmico Boko Haram.
Extremismo violento
Reagindo ao sequestro desta sexta-feira em sua conta numa rede social, o presidente da Nigéria Bola Tinubu declarou que está “plenamente consciente do aumento do extremismo violento em alguns bolsões do país e que instruiu as agências de segurança para responder com rapidez, clareza e determinação”.
No início deste mês, Tinubu usou o mesmo canal para afirmar que seu governo estava “comprometido em atuar com os Estados Unidos e com a comunidade internacional para aprofundar o entendimento e a cooperação sobre proteção de comunidades de todas as religiões”.
Caso Sunday Jackson
Segundo agências de notícias, a postagem, de 1 de novembro, foi uma reação a comentários de autoridades e influenciadores nos Estados Unidos sobre o assassinato de cristãos na Nigéria perpetrado por extremistas radicais.
Um dos casos mais recentes na mídia local é o do agricultor Sunday Jackson, do estado de Adamawa, que foi condenado à pena de morte por matar um pastor de rebanho Fulani, num incidente, em 2015.
Jackson está preso à espera do julgamento nos tribunais da Nigéria.
Os advogados dele argumentam se tratar de um crime de “legítima defesa”, porque o réu, que estava desarmado em casa, teria usado a própria arma da vítima fatal “para se defender do ataque”. Autoridades da Nigéria mantêm a sentença de execução do agricultor.
*Monica Grayley é editora-chefe da ONU News Português.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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