A esperança por uma suspensão dos combates em Gaza aumentou após o anúncio de um plano de paz pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo agências de notícias, Israel está de acordo com a proposta, mas o grupo armado palestino Hamas ainda não reagiu.

“Prioridade deve ser aliviar o imenso sofrimento”

O secretário-geral da ONU acolheu com satisfação o anúncio feito por Trump e reconheceu o importante papel dos Estados árabes e muçulmanos na busca por uma paz sustentável para Gaza e para a região.

O líder da ONU afirmou que “agora é crucial que todas as partes se comprometam com um acordo e sua implementação”.

Guterres adicionou que a prioridade deve ser “aliviar o imenso sofrimento causado por este conflito”. Ele reiterou o apelo por um cessar-fogo imediato e permanente, acesso humanitário irrestrito a toda Gaza e libertação imediata e incondicional de todos os reféns.

O secretário-geral espera que esses passos criem condições para a concretização da solução de dois Estados. Ele disse que a ONU permanece firme no compromisso de apoiar todos os esforços que promovam “a paz, a estabilidade e um futuro mais promissor para os povos da Palestina, de Israel e de toda a região”.

Expansão da fome e queda da temperatura

Nesta terça-feira, agências humanitárias da ONU reiteraram pedidos de um cessar-fogo urgente em Gaza. O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, disse que a fome continua se expandindo da área norte de Gaza para o sul.

Falando a jornalistas em Genebra, Ricardo Pires afirmou que o fim dos combates precisa ser seguido pela entrega de ajuda para evitar a fome e “garantir que crianças e famílias sejam abrigadas”.

Pires enfatizou que a queda das temperaturas com a chegada do inverno criará “uma gama totalmente diferente de problemas”, incluindo desafios de saúde para as crianças e suas famílias.

Umm Shadi al-Ashqar, uma pessoa deslocada de Gaza

400 mil deslocados

Ele destacou o deslocamento “massivo” resultante das operações militares israelenses em andamento na Cidade de Gaza, que estão forçando as pessoas a fugir do norte para o sul.

O representante do Unicef adicionou que as condições são “terríveis” no superlotado assentamento costeiro de Al-Mawasi, que “simplesmente não consegue absorver a quantidade de pessoas que estão chegando”. O número de deslocados é estimado em aproximadamente 400 mil.

Pires explicou que as pessoas que perderam suas casas precisam desesperadamente de abrigo e o Unicef tem 11 mil tendas e lonas “esperando para entrar” em Gaza.

De acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, apenas cerca de 18% da Faixa de Gaza não está sujeita a ordens de deslocamento ou localizada dentro de zonas militarizadas.

Situação “caótica”

O porta-voz do Ocha, Jens Laerke, enfatizou que a capacidade dos humanitários de distribuir ajuda dentro de Gaza continua comprometida.

Por outro lado, ele destacou que as cozinhas comunitárias foram “reabastecidas até certo ponto”, com cerca de 660 mil refeições preparadas e entregues em 137 cozinhas em todo o enclave no domingo.

Porém, Laerke alertou que grande parte da ajuda que chegou recentemente “foi retirada dos caminhões por pessoas desesperadas e, em alguns casos, por grupos armados”.

Ele chamou a situação atual de “caótica” e ressaltou a necessidade “absoluta” de um cessar-fogo o mais rápido possível para que os profissionais humanitários possam reestabelecer uma operação adequada.

Crianças participam de atividades recreativas organizadas por funcionários da ONU na Faixa de Gaza

Ataques mortais contra palestinos deslocados

Em um comunicado divulgado na segunda-feira, o Escritório da ONU de Direitos Humanos ressaltou preocupação com ataques mortais contra palestinos deslocados, incluindo pessoas que coletam lenha para cozinhar.

A nota enfatiza que “os militares israelenses estão destruindo a Cidade de Gaza, forçando os palestinos a fugir e depois matando-os quando eles buscam abrigo no Centro de Gaza, especialmente dentro e ao redor do Campo de An Nuseirat”.

As autoridades registraram pelo menos 12 incidentes nos últimos cinco dias, que mataram pelo menos 89 palestinos, a maioria dos quais pareciam ser civis, incluindo muitas mulheres e crianças.

Os incidentes incluíram ataques a tendas de deslocados internos, casas e um mercado lotado no campo de An Nuseirat, onde pelo menos 17 palestinos foram mortos.

Além disso, segundo o órgão da ONU, os militares israelenses teriam lançado ataques aéreos com Veículos Aéreos Não Tripulados, bombardeios de artilharia e tiros contra aqueles que coletavam lenha”, causando dezenas de vítimas.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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