Comemora-se esta quarta-feira o Dia Mundial do Toalete. Segundo a ONU, o mundo precisa de casas de banho e banheiros seguros, resilientes e acessíveis. A falta de saneamento básico continua a afetar de forma desproporcional as populações mais pobres, sobretudo mulheres e meninas, enquanto fenômenos extremos, das inundações à subida do nível do mar, ameaçam sistemas já frágeis.

Num contexto de procura crescente, infraestrutura antiga e investimento insuficiente, o apelo global deste ano é claro: só “sanitários preparados para o futuro” poderão proteger vidas, travar doenças e garantir dignidade para todos.

“O acesso a um toalete é um direito, e uma questão de sobrevivência”

Na sua mensagem para o Dia Mundial do Toalete, o secretário-geral António Guterres descreve o toalete como “um ícone de progresso”, lembrando que o saneamento seguro evita doenças, protege ecossistemas e garante oportunidades, sobretudo para mulheres e meninas.

Guterres alerta que a falta de saneamento espalha doenças que matam mais de mil crianças por dia, enquanto o despejo inadequado de resíduos contamina água e solo, alimenta emissões e aprofunda desigualdades.

Embora 1,2 bilhão de pessoas tenham conquistado acesso a saneamento seguro na última década, o secretário-geral sublinha que 3,4 bilhões permanecem em risco, marginalizadas por geografia, rendimento ou incapacidade. Para ele, o caminho é inequívoco: acelerar o acesso a soluções robustas, acessíveis, resilientes ao clima e de baixas emissões, apoiadas por financiamento sustentado.

Guterres declarou que “o toalete é uma maravilha mundana” e “garantir acesso a todos é uma questão de direitos e de sobrevivência.”

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Toaletes sob pressão

Os números divulgados este ano mostram que quase metade do mundo continua sem saneamento seguro, enquanto 354 milhões de pessoas ainda praticam defecação a céu aberto, expondo comunidades inteiras a riscos de violência, doenças e contaminação.

A pressão sobre o saneamento aumenta por vários fatores: procura crescente, infraestruturas envelhecidas, investimento insuficiente e impactos cada vez mais visíveis das alterações climáticas. O degelo acelerado, secas severas e inundações frequentes danificam sistemas frágeis, reduzem qualidade da água e ameaçam serviços costeiros com a subida do nível do mar.

Sem mudanças profundas, estima-se que 3 bilhões de pessoas continuarão sem um toalete seguro em 2030. Para alcançar saneamento gerido de forma segura para todos, o mundo precisaria de acelerar o ritmo de progresso seis vezes, e 18 vezes nos países de baixo rendimento.

A urgência de investir agora

A campanha deste ano apela a investimentos imediatos em soluções capazes de resistir a choques climáticos, minimizar emissões, servir populações rurais e urbanas e manter-se acessíveis a todos, independentemente de género, rendimento ou localização.

A ONU defende que saneamento moderno só será sustentável com sistemas robustos, financiamento contínuo e políticas que coloquem os mais vulneráveis no centro. Além de proteger comunidades contra doenças evitáveis, o acesso a um toalete seguro aumenta oportunidades para mulheres e raparigas, evita faltas à escola e ao trabalho, e melhora a segurança física.

No essencial, afirma a campanha global, “precisamos de toaletes para todos, em toda a parte, hoje e no futuro”, e a responsabilidade é coletiva: governos, empresas e cidadãos são chamados a agir para garantir que uma necessidade humana permanente seja finalmente tratada com a urgência e dignidade que merece.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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