A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, realiza a 3ª edição do Fórum Global contra o Racismo e a Discriminação até esta sexta-feira em São Paulo, Brasil. 

Segundo dados da ONU, uma em cada seis pessoas sofre discriminação por diferentes motivos globalmente. O evento da Unesco busca catalisar ações coletivas para enfrentar o racismo e a discriminação.

Agenda de desenvolvimento

Esta edição, que tem como tema “Rumo ao avanço: a igualdade racial e a justiça no topo das agendas de desenvolvimento”, vai abordar a importância de colocar as questões raciais no centro das estratégias do desenvolvimento socioeconômico. 

Fórum Global contra Racismo e Discriminação da Unesco no Brasil

Ministros de mais de 20 países e outros representantes de governos, formuladores de políticas, profissionais, acadêmicos, membros da sociedade civil e comunidades artísticas estão entre os convidados para discutir estratégias eficazes para combater o racismo sistêmico. 

O evento conta com a presença da diretora-geral adjunta da Unesco para Ciências Humanas e Sociais, Gabriela Ramos, e a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco. 

Sociedades inclusivas

Para Gabriela Ramos, “é hora de transformar palavras em ação”. A diretora-geral adjunta para Ciências Humanas e Sociais da Unesco adiciona que representantes de todo o mundo vão a São Paulo para “aprender, ouvir e apresentar soluções concretas para alcançar sociedades mais pacíficas e inclusivas”.

O fórum também será a plataforma para o lançamento do Panorama Global da Unesco contra o Racismo e a Discriminação, um relatório que apresenta pontos de vista e dados regionais sobre a discriminação racial no campo digital.

A agência ainda deve apresentar outras incitativas sobre igualdade de gênero e antirracismo O fórum ainda deve fazer um balanço das contribuições da Recomendação da Unesco sobre a Ética da Inteligência Artificial no combate aos estereótipos e à discriminação online. 

Racismo sistêmico

O evento também vai estabelecer as bases para aprimorar o projeto da Unesco “Rota dos Povos Escravizados”, que lançará uma série de celebrações em 2024 para seu 30º aniversário. 

O programa fornece análises e continua documentando fatos históricos e lugares de memória conectados às tendências atuais sobre o racismo sistêmico. Apesar do aumento da conscientização e da ação no mundo contra todos os tipos de discriminação, as evidências mostram que ainda há muito a ser feito. 

Lucia Xavier, coordenadora geral da ONG Criola, falou ao Conselho para reforçar as vozes que atuam contra o racismo, com destaque para aquele sofrido pelas mulheres.

A discriminação contra mulheres e meninas continua a ser alta. Atualmente, as mulheres ganham apenas US$ 0,77 para US$ 1 ganho pelos homens em todo o mundo. Com os índices atuais, serão necessários 70 anos para fechar essa lacuna. 

A violência dos homens contra as mulheres aumentou substancialmente em muitos lugares do mundo. As meninas são impedidas de ir à escola no Afeganistão, e ainda há muitos países nos quais a discriminação contra as mulheres é legal e aplicada pelas autoridades públicas.

Programação

A Unesco pretende fortalecer esses esforços e aprender com as melhores práticas com o lançamento da Rede de Lideranças contra o Racismo e a Discriminação. O objetivo é desenvolver soluções políticas inovadoras nesse campo. 

Com mais de 30 painéis e atividades paralelas, o fórum deve reunir especialistas de diversos setores para discutir ideias e assumir compromissos para construir sociedades mais inclusivas e sustentáveis.

A Unesco implementa ações de combate ao racismo e a todas as formas de discriminação por meio da educação, da ciência, da cultura e da comunicação há mais de 75 anos. 

Em 1978, a agência adotou a Declaração sobre Raça e Preconceito Racial, que reafirma que “todos os seres humanos pertencem à mesma espécie e têm a mesma origem. Nascem iguais em dignidade e direitos, e todos fazem parte da humanidade”. 

*Com reportagem da Unesco Brasil

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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