O governo de Timor-Leste registrou 29 casos suspeitos de raiva em humanos, com exposição a cães, até o mês passado. Em 22 de março, o país comunicou à Organização Mundial da Saúde, OMS, o primeiro caso humano fatal confirmado.

Trata-se de uma jovem de 19 anos, natural da sub-região de Pasabe, Oecusse. Ela deu entrada em um posto de saúde local com sintomas como febre alta, vômitos, dor de garganta, tosse, dificuldade para engolir alimentos, hidrofobia, fotofobia, dor nas costas e rigidez na nuca. 

Ações de resposta

Foi relatado que ela foi mordida nas mãos por um cachorro em 26 de dezembro de 2023. A jovem morreu dois dias depois de buscar ajuda médica.

A OMS avalia o risco representado por esse evento como alto em nível nacional e baixo em nível regional e global.

Atualmente, Timor-Leste é classificado como país livre de raiva. A resposta de saúde pública aos casos recentes está em curso e inclui a vacinação de cães, comunicação de risco, formação de profissionais de saúde sobre gestão de casos, vigilância ativa e garantia da disponibilidade de vacinas antirrábicas e imunoglobulina antirrábica humana. 

Vista aérea perto de Díli, Timor-Leste

Doença quase 100% fatal

Todos os 29 casos suspeitos receberam as vacinas contra o Toxoide Tetânico e profilaxia pós-exposição à raiva. No entanto, o soro de Imunoglobulina Antirrábica não pôde ser fornecido porque estava esgotado.

Oecusse é um enclave de Timor-Leste localizado na província indonésia de East Nusa Tenggara, onde entre 1 de janeiro e 15 de março foram registadas seis mortes por raiva humana. Em 2023, um total de 30 mortes foram relatadas nesta província. 

A raiva é uma doença viral zoonótica e evitável por vacina que afeta o sistema nervoso central. Uma vez que os sintomas clínicos aparecem, a raiva é quase 100% fatal. Em até 99% dos casos, os cães domésticos são responsáveis pela transmissão do vírus da raiva para humanos. 

Epidemiologia da raiva

No entanto, a raiva pode afetar animais domésticos e selvagens. Ela se espalha para pessoas e animais através da saliva, geralmente através de mordidas, arranhões ou contato direto com mucosas, por exemplo, olhos, boca ou feridas abertas. 

Crianças entre cinco e 14 anos são vítimas frequentes. A transmissão direta entre humanos nunca foi documentada, no entanto, ocorreu de doadores de órgãos ou tecidos infectados para receptores de transplante.

O período de incubação da raiva é tipicamente de dois a três meses, mas pode variar de uma semana a um ano, dependendo de fatores como o local de entrada do vírus e a carga viral.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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