No mês de setembro, os olhos do mundo se voltam para as Nações Unidas, para acompanhar o maior encontro anual de líderes globais. Para garantir que esses olhares não percam nenhum detalhe dos discursos e debates, existe um trabalho minucioso para impedir falhas técnicas.
O desafio é enorme. Mais de 40 mil pessoas se reúnem na sede da organização, em Nova Iorque, cerca de 700 jornalistas conectam seus aparelhos para captar imagens. Diversos líderes mundiais também recebem suporte técnico para realizar seus discursos.
Volume de acessos
Mas como garantir que o Wi-Fi não vai cair, ou que não vai haver interrupção na transmissão dos discursos de presidentes e primeiros-ministros e que os sistemas estarão protegidos de ataques cibernéticos?
Quem lidera os esforços para garantir que tudo funcione bem é o secretário-geral assistente da ONU para Informação e Tecnologia, Bernardo Mariano. Ele contou à ONU News que nesse período, o volume de acessos às páginas das Nações Unidas cresce de forma exponencial.
“O período em que todo o mundo, mas todo o mundo, consome o conteúdo de vídeos do broadcast que vem da sala de Assembleia Geral. Todo o mundo consome todos os vídeos dos presidentes e primeiros-ministros que fazem os seus discursos. Isso é um conteúdo das Nações Unidas”.
Bernardo Mariano explicou que há alguns anos, a página não aguentou tantos acessos e chegou a sair do ar, o que resultou em reformas para multiplicar em até 100 vezes essa capacidade.
Preparação da Assembleia Geral envolve reforço do Wi-Fi e da cibersegurança
Prevenção de ataques cibernéticos
O especialista comentou que a preparação começa meses antes do evento e inclui cuidados como não introduzir nenhum sistema novo e reforçar a vigilância para impedir ataques cibernéticos.
“Durante o mês de agosto e princípio de setembro, nós também verificamos toda a parte da segurança cibernética, portanto, temos vários mecanismos e vários sistemas para permitir manter uma vigilância sobre o que está acontecendo, sobre os tipos de ataques. Isto é, neste momento estamos tendo alguns e vamos tentando gerir isso e de modo a não ter o impacto negativo”.
40 mil pessoas usando o Wi-Fi
O chefe de Informação e Tecnologia das Nações Unidas relatou que um dos maiores desafios é garantir que todos aqueles que participam do encontro tenham acesso estável à rede de Wifi.
“E uma das coisas que melhoramos nos últimos dois anos, na verdade, foi mesmo a capacidade do Wi-Fi. Porque nós sempre pensamos no Wi-Fi que temos aqui cerca de 10 mil funcionários, mas naquela semana temos 40 mil pessoas. E há dois anos, talvez tivéssemos 30 mil ou 20 mil, mas eles não usavam muito vídeo. Então quer dizer que a demanda do Wi-Fi era muito inferior há um ou dois anos que a demanda agora, quando todo mundo está transmitindo vídeo”.
Mariano também destacou que são realizados ensaios com missões de diversos países, para ter a certeza de que os chefes de Estado e Governo tenham um discurso sem falhas técnicas.
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“Todos os países devem gerir a inteligência artificial”
A Semana de Alto Nível deste ano conta com o lançamento do Diálogo Global sobre Governança da Inteligência Artificial. Essa será uma plataforma que envolve governos e outros atores para discutir cooperação internacional, compartilhar melhores práticas e lições aprendidas.
O chefe de Informação e Tecnologia disse que esse assunto não deve ser encarado como um tema do futuro, mas sim do agora. Para ele, o encontro deve servir para superar a defasagem entre países ricos e pobres nas capacidades em inteligência, garantindo assim uma governança justa.
“É importante que todos os países, mas todos os países, independentemente do seu estado de desenvolvimento, em adição aos problemas que estão resolvendo agora seja de segurança alimentar, desenvolvimento social, tem que também começar a ter um papel na inteligência artificial, porque é algo que tem que ser gerido. Tem que se melhorar o uso disso para o bem e minimizar o uso para o mal, porque já está acontecendo. Esse uso para o mal já está acontecendo neste momento em vários países, principalmente na área de eleições. Já há países que têm um impacto na desinformação, que é um grande impacto”.
Bernardo Mariano disse que sua equipe e diversas outras das Nações Unidas estarão empenhadas em garantir a melhor qualidade da imagem e do som para que todo mundo fique bem-informado sobre os acontecimentos da Assembleia Geral e sobre o trabalho da organização como um todo.
*Felipe de Carvalho é redator da ONU News.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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