A primeira Conferência Anual Plastic Reboot acontece esta semana em Salvador, no Brasil, reunindo representantes de 15 países e parceiros globais empenhados em combater a poluição por plásticos.

O evento, até este 24 de outubro, é organizado pelo Governo do Brasil e pelo Fundo Global para o Meio Ambiente, GEF, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, e do Fundo Mundial para a Natureza, WWF.

© IAEA/Martin Klingenboeck

Microplásticos poluindo Antártica

Setor privado

A conferência quer ser um divisor de águas na cooperação internacional sobre o tema e procura alinhar políticas, inovação e financiamento para acelerar a transição global para uma economia circular.

Segundo os organizadores, o objetivo é promover ações multilaterais e incentivar o setor privado e a sociedade civil a adotarem práticas sustentáveis que reduzam a poluição desde a produção até ao descarte.

O programa Plastic Reboot, com um orçamento de US$108 milhões, é financiado pelo GEF e adota uma abordagem de ciclo de vida, desde a produção até ao uso e desgaste, para limitar os impactos dos plásticos em todas as etapas. Atualmente, 36% dos resíduos plásticos que chegam aos oceanos vêm de embalagens.

A conferência serve como um centro de troca de experiências sobre políticas regulatórias, inovações tecnológicas e boas práticas. As discussões abordarão medidas para reduzir a poluição por produtos descartáveis, especialmente nos setores de alimentos, bebidas e turismo.

Soluções circulares e oportunidades

De acordo com o Pnuma, uma abordagem do ciclo de vida pode gerar economias de até US$70 bilhões por ano em despesas governamentais e evitar custos sociais e ambientais em US$4,5 trilhões até 2040. “Acabar com a poluição por plásticos requer mais do que apenas gerenciar resíduos — significa repensar como os plásticos são projetados, usados e valorizados”, afirmou Nik Sekhran, diretor de conservação do WWF.

A conferência também destaca a importância de políticas de incentivo, como a Responsabilidade Alargada do Produtor, que estimula empresas a projetar produtos reutilizáveis e recicláveis. País como a Índia, Peru e Nigéria já testam soluções inovadoras que poderão ser ampliadas globalmente com o apoio do programa.

The Ocean Story/Vincent Kneefel

Até 12 milhões de toneladas métricas de plástico entram no oceano todos os anos — o equivalente a um caminhão de lixo a cada minuto.

Ação conjunta

“O Plastic Reboot marca um momento importante na nossa luta contra a poluição por plásticos”, afirmou Carlos Manuel Rodríguez, CEO do GEF. “Estamos a trabalhar para repensar – e reiniciar – a forma como produzimos, consumimos e descartamos plásticos no futuro, e a fazê-lo em conjunto.”

Para Inger Andersen, diretora executiva do Pnuma, o momento é de transformar compromissos em resultados concretos. “O Plastic Reboot apoia a mudança de que precisamos, impulsionando a inovação e apoiando os governos no estabelecimento de um ambiente político e jurídico propício para acelerar uma reformulação da forma como os produtos plásticos são concebidos, produzidos e utilizados.”

Rumo a uma economia circular

A conferência beneficia diretamente os 15 países participantes, entre eles, Brasil, Índia, Jordânia, Filipinas, Marrocos, e África do Sul, e pretende estabelecer um roteiro global para eliminar gradualmente as embalagens plásticas descartáveis.

A meta é promover cadeias produtivas mais limpas e sustentáveis, e preparar terreno para um acordo internacional sobre a poluição por plásticos

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).

To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).

Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.