Quase oito em cada 10 pessoas, que vivem na pobreza, estão diretamente expostas a riscos climáticos, como calor extremo, inundações, secas ou poluição do ar.

Os dados reunidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, e pela Oxford Poverty and Human Initiative, da Universidade de Oxford, apontam 887 milhões de pessoas afetadas.

Dois ou mais riscos climáticos

O Índice Global de Pobreza Multidimensional 2025 destaca que a crise climática está remodelando a pobreza global.

O estudo foi divulgado nesta sexta-feira, em antecipação à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP30, que será em novembro em Belém, no Brasil.

O relatório conclui que, entre aqueles que vivem em pobreza multidimensional aguda, que abrange saúde, educação e padrões de vida, 651 milhões estão sob dois ou mais riscos climáticos, enquanto 309 milhões enfrentam três ou quatro perigos simultaneamente.

O estudo indica ainda que os riscos que mais afetam as pessoas pobres são o calor elevado, que impacta 608 milhões, e a poluição do ar, que atinge 577 milhões. As regiões propensas a inundações abrigam 465 milhões de pessoas pobres, enquanto 207 milhões vivem em áreas afetadas pela seca.

Unicef/Roengrit Kongmuang

Crianças em terras afetadas pela seca na Tailândia

Expectativa com planos climáticos na COP30

Ao sobrepor, pela primeira vez, dados de risco climático e de pobreza multidimensional, o relatório afirma que a exposição ao clima extremo exacerba os desafios diários enfrentados pelas pessoas mais pobres, reforçando e aprofundando suas desvantagens.

O administrador interino do Pnud, Haoliang Xu, afirmou que quando os líderes mundiais se reunirem no Brasil para a COP30, “as promessas climáticas nacionais devem revitalizar o progresso estagnado do desenvolvimento que ameaça deixar as pessoas mais pobres do mundo para trás”.

O Sul da Ásia e a África Subsaariana são as regiões que concentram o maior número de pessoas pobres que vivem em regiões afetadas por riscos climáticos, com 380 milhões e 344 milhões, respectivamente.

Aumento de temperatura

No sul da Ásia, a exposição é quase universal, 99,1% das pessoas pobres da região estão expostas a um ou mais choques climáticos.

O Pnud destaca que os impactos identificados não se limitam ao presente e devem se intensificar no futuro.

A análise dos dados revela que os países com níveis atuais mais altos de pobreza multidimensional devem experimentar os maiores aumentos de temperatura até o final deste século.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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