A ameaça representada pelo grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, também conhecido como Daesh, continua viva em várias partes do mundo.

O subsecretário-geral da ONU para o combate ao terrorismo, Vladimir Voronkov, apresentou um relatório no Conselho de Segurança nesta quarta-feira, demonstrando que o grupo continua se adaptando, apesar dos esforços contínuos contra a prática.

Crescimento do Daesh na África

Voronkov afirmou que embora vários líderes do Daesh tenham morrido nos últimos anos, o grupo conseguiu manter sua capacidade operacional.

Para o subsecretário-geral, a morte do vice-líder do Daesh em março no Iraque, não altera a situação. Segundo os Estados-membros, o grupo poderá se recuperar dessa perda em seis meses.

A África continua sendo altamente afetada, vivenciando atualmente a maior intensidade de atividade do Daesh em todo o mundo, com foco especial na África Ocidental e no Sahel.

Durante o período do relatório, observou-se um ressurgimento da atividade do Daesh no Grande Saara. Já a província do grupo na África Ocidental emergiu como uma prolífica produtora de propaganda terrorista e atraiu combatentes estrangeiros, principalmente de países da região.

O subsecretário-geral da ONU para o combate ao terrorismo, Vladimir Voronkov (arquivo)

Ataques na Somália

Além disso, foram descobertas em prisões na Líbia redes de logística e financiamento ligadas ao Daesh com conexões com o Sahel.

Na Somália, o Daesh organizou um ataque em larga escala em Puntlândia, antecipando uma contraofensiva militar. O ataque envolveu numerosos combatentes terroristas estrangeiros.

Durante a contraofensiva das forças de segurança somalis, 200 combatentes do Daesh foram mortos e mais de 150 foram presos.

Embora significativamente enfraquecido, o grupo continua se beneficiando de redes de apoio regionais e permanece uma ameaça.

Operações secretas e tensões sectárias na Síria

No Oriente Médio, o Daesh permanece ativo no Iraque e na Síria, trabalhando para restaurar sua capacidade operacional na região de Badia e renovando esforços para desestabilizar as autoridades locais.

Na Síria, a situação permanece frágil desde a tomada de poder liderada pelo grupo Hay’at Tahir al-Sham, que derrubou o presidente Bashar Al-Asad. O Daesh continua explorando brechas de segurança, realizando operações secretas e incitando tensões sectárias no país.

Ainda se referindo à Síria, Voronkov afirmou que a preocupação do secretário-geral com a possibilidade de estoques de armas caírem nas mãos de terroristas, “infelizmente, se materializou”.

No Afeganistão, o Isis-Khorasan, afiliado ao Daesh, continua a representando uma das ameaças mais graves à Ásia Central. O grupo tem como alvo civis, grupos minoritários e estrangeiros, explorando o descontentamento com as autoridades de facto.

Prevenção do extremismo

O subsecretário-geral pediu aos membros do Conselho de Segurança que invistam mais na prevenção do extremismo violento, que conduz ao terrorismo, do que em remediar os efeitos.

Ele afirmou que a experiência dos últimos anos mostrara que focar apenas na liderança de grupos como o Daesh não é suficiente.

Voronkov concluiu dizendo que a persistência da ameaça representada pelo grupo, ressalta “a urgência de uma cooperação global baseada em abordagens antiterrorismo que sejam compatíveis com o direito internacional, baseadas nos direitos humanos e sensíveis às questões de gênero”.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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