O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, prestou solidariedade às famílias quenianas que perderam entes queridos durante os chamados protestos de Saba Saba.
As ações mais recentes aconteceram nas manifestações, na segunda-feira, no “Sete Sete”, data dos 35 anos da saída da população às ruas de Nairóbi saudando o retorno à democracia multipartidária em 7 de julho de 1990.
Crianças presas
O Unicef citou o caso de uma jovem morta, em casa, por uma bala perdida. Há ainda relatos de crianças presas durante os protestos.
A agência reitera que menores devem ser protegidos de danos em todos os momentos e circunstâncias.
Alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, voltou a pedir calma, contenção e pleno respeito às liberdades individuais
Na senda dos protestos, o Escritório de Direitos Humanos da ONU disse estar pronto para apoiar as autoridades no Quênia no enfrentamento de desafios, incluindo as investigações relacionadas às vítimas.
Destruição de propriedades
Na segunda-feira, pelo menos 11 pessoas morreram em atos marcados por roubo e destruição de propriedades.
A polícia e outras forças de segurança responderam aos protestos violentos em pelo menos 16 outros condados. Munição letal, balas de borracha, gás lacrimogêneo e canhões de água foram utilizados.
Pelo menos 52 policiais ficaram feridos e 567 manifestantes foram presos. A Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia relatou pelo menos 10 mortes, 29 feridos, 37 prisões e dois sequestros.
O Escritório de Direitos Humanos informou que também recebeu relatos de roubos e danos a propriedades públicas e privadas por indivíduos não identificados em diversos locais.
Nas duas semanas depois de 25 de junho também houve incidentes que mataram 15 manifestantes e provocaram vários feridos tanto em Nairóbi e outras partes do Quênia.
Liberdades de expressão, associação e reunião
A onda de manifestações levou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, a pedir novamente calma, contenção e pleno respeito às liberdades de expressão, associação e reunião pacífica.
Ele ressaltou que é essencial que as queixas legítimas na origem desses protestos sejam abordadas.
Com informações de que a polícia anunciou uma investigação sobre incidentes anteriores, Turk reitera seu apelo para que sejam investigados todos os relatos de assassinatos e supostas violações e abusos do direito internacional.
O chefe de direitos humanos aponta que deve ser particularmente apurado o uso da força “de forma rápida, completa, independente e transparente. Os autores dos crimes devem ser responsabilizados.”
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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