Desde que retomou o poder no Afeganistão, há quatro anos, o Talibã – as autoridades de facto – no país têm emitido decretos contra a liberdade de meninas e mulheres e o direito delas de ter acesso à educação e trabalhar.

Nesta quinta-feira, a ONU Mulheres alertou para a piora dessa situação para afegãs que retornam do exílio no Irã e no Paquistão e que estão enfrentando riscos maiores de casamento precoce, empobrecimento e insegurança.

Forçados a retornar

No comunicado, Alerta de Gênero, a agência da ONU ressalta a restrição dos direitos das mulheres em meio à crise econômica, choques climáticos e imensas necessidades humanitárias como alguns dos desafios enfrentados pelo país.

Desde setembro de 2023, mais de 2,4 milhões de migrantes afegãos sem documentos retornaram, ou foram forçados a retornar, do Paquistão e do Irã. No caso do Itã, um terço dos que retornam são mulheres. Já metade dos afegãos que voltam do Afeganistão é do sexo feminino.

A ONU Mulheres lembra, que em muitos casos, os afegãos não conhecem o país, jamais viveram ali, não têm renda ou acesso ao sistema de seguridade social.

A representante da ONU Mulheres no Afeganistão, Susan Ferguson, lembra que as comunidades afegãs já estão sobrecarregadas e não têm como oferecer abrigo e uma forma de sustento para meninas e mulheres.

Medo de ser despejada

Atualmente, apenas 10% das famílias chefiadas por mulheres vivem em abrigos permanentes, quase quatro em cada 10 temem ser despejadas e todas as meninas estão proibidas de frequentar o ensino médio.

Muitas mulheres contavam com o apoio de trabalhadoras humanitárias nas fronteiras, mas com o corte de verbas de ajuda externa, existem cada vez menos profissionais para orientar as afegãs que voltam ao país.

Por causa da cultura islâmica, as mulheres humanitárias são obrigadas a ser acompanhadas por um guardião masculino, ou mahram, durante as viagens.

Corte de verbas

No entanto, “os cortes no financiamento reduziram drasticamente o apoio dos funcionários ao mahram” nas províncias de Kandahar e Nangarhar.

O diretor da organização Care, no Afeganistão, que apoia a ONU Mulheres, Graham Davison, afirmou que muitas famílias chegam angustiadas, desorientadas e sem esperança.

O Afeganistão já enfrenta uma das crises humanitárias mais graves do mundo, impulsionada por décadas de con

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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