As Nações Unidas discutiram o Plano Global de Ação contra o Tráfico de Pessoas durante um encontro de alto nível, realizado na segunda-feira.

A presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock, lembrou que o tráfico humano continua a prosperar alimentado por pobreza, instabilidade e novas tecnologias que ampliam o alcance de redes criminosas.

Leis fortes, proteção de migrantes e combate ao tráfico digital

Para Baerbock, legislar, proteger e prevenir são pilares inseparáveis, pois não se fala mais de vítimas, mas sim de sobreviventes. Enquanto isso, a Organização Internacional para Migrações, OIM, lançou em Genebra a campanha global “Qualquer um pode ser uma vítima”, que amplifica a voz de sobreviventes e apela a um movimento mundial contra a exploração.

Para a líder da Assembleia Geral, existem três prioridades críticas: legislação abrangente que criminalize todas as formas de tráfico, proteção reforçada para migrantes e deslocados, e respostas capazes de enfrentar o “novo fronte digital”, onde redes criminosas usam IA, deepfakes e plataformas encriptadas para recrutar, explorar e ocultar operações.

Annalena Baerbock, presidente da Assembleia Geral

Campanha global centrada nos sobreviventes

A campanha da OIM procura mostrar que qualquer pessoa pode ser alvo de tráfico e que a recuperação exige apoio integrado e de longo prazo.

A diretora-geral da agência, Amy Pope, destacou que o tráfico “destrói escolhas, direitos e futuros”, e que a proteção não pode terminar quando a exploração cessa.

A iniciativa reúne sobreviventes e embaixadores da OIM, incluindo Mo Farah, para combater estigmas, promover compreensão pública e mobilizar recursos para programas de segurança, assistência e reintegração.

Crise global

Com 50 milhões de pessoas sujeitas a trabalho forçado, exploração sexual e casamentos forçados, o tráfico continua alimentado por desigualdades, conflitos e impactos climáticos.

As mulheres e meninas representam a maioria das vítimas, mas o número de pessoas traficadas para trabalho forçado e para crimes online tem vindo a aumentar rapidamente.

Governos foram exortados a modernizar leis, reforçar cooperação internacional, envolver o setor privado e aplicar o princípio de não punição para vítimas coagidas a cometer crimes.

Transformar compromissos em ação

Combater o tráfico exige uma resposta que atravesse fronteiras, setores e sistemas.

Baerbock ressaltou que nenhum Estado sozinho pode enfrentar um crime tão vasto e mutável, pedindo que governos implementem políticas “fundadas na dignidade humana, no rigor e na ação concreta”.

Com o lançamento da campanha da OIM e o apelo político renovado da assembleia geral, a ONU reforçou que proteger sobreviventes, punir traficantes e remover as condições que alimentam a exploração é uma responsabilidade global, e inadiável.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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