O relatório sobre Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, deste ano, indica melhora em indicadores de todas as nações de língua portuguesa.
A expectativa de vida aumentou para todos os países lusófonos no mundo. O documento foi divulgado nesta terça-feira.
Situação nos países de língua portuguesa
O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, tem como base dados de 2023 e analisa expectativa de vida ao nascer, anos de escolaridade e renda média por pessoa.
Em comparação a 2022, todos os países de língua portuguesa tiveram melhora na expectativa de vida, o que sinaliza avanço na oferta de serviços de saúde.
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal também avançaram na renda per capita. Já Angola, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste apresentaram queda.
Em relação aos anos de escolaridade, todos os países de língua portuguesa permaneceram estagnados nos mesmos patamares de 2022.
Enfermeira da OIM durante consulta médica em áreas remotas do Brasil
Portugal lidera grupo com 40a posição do ranking
Portugal é considerado um país de desenvolvimento humano “muito alto”, ocupando a posição 40. O Brasil está na categoria “alto”, na posição 84. Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Angola estão no nível “médio”, nas posições 135, 141, 142 e 148, respectivamente.
Já Guiné-Bissau e Moçambique figuram na faixa do desenvolvimento “baixo”, nas posições 174 e 182.
Desigualdades entre países aumentam pelo quarto ano seguido
Os cinco países mais bem colocados no ranking do IDH são: Islândia, Noruega, Suíça, Dinamarca e Alemanha.
O estudo do Pnud que acompanha o levantamento indica que que as desigualdades entre países ricos e pobres aumentaram pelo quarto ano consecutivo.
Os autores afirmam que pressões globais, como o aumento das tensões comerciais e o agravamento da crise da dívida, que limitam a capacidade dos governos de investir em serviços de saúde e educação, estão estreitando os caminhos tradicionais para o desenvolvimento.
Um período de “crises excepcionais” nos anos recentes, como a pandemia da Covid-19, também contribuiu para estagnar o progresso em todas as regiões do mundo.
Para o líder do Pnud, Achim Steiner, se o desenvolvimento humano continuar nesse ritmo lento o mundo pode se tornar “menos seguro, mais dividido e mais vulnerável a choques econômicos e ecológicos”.
Trinidad e Tobago está investindo em IA com a expectativa de que possa acelerar o desenvolvimento
Inteligência artificial pode melhorar milhões de vidas
O estudo conclui que a inteligência artificial, ou IA, pode, se usada da maneira correta, ser uma ferramenta poderosa para melhorar milhões de vidas.
Os pesquisadores descobriram que cerca de 60% dos entrevistados esperam que a tecnologia tenha um impacto positivo em seu trabalho e crie novas oportunidades. Dentre os que vivem em níveis baixos e médios de desenvolvimento, 70% esperam que a IA aumente a produtividade.
Os autores do relatório incluem recomendações para garantir que a IA seja o mais benéfica possível para o desenvolvimento humano, incluindo a modernização dos sistemas de educação e saúde para atender adequadamente às necessidades atuais.
Para evitar o que chama de “decepção com o desenvolvimento”, o PNUD pede uma cooperação global mais forte na governança da IA, alinhamento entre inovação privada e objetivos públicos e um compromisso renovado com a dignidade humana, equidade e sustentabilidade.
O relatório destaca que um acordo coletivo nacional no setor bancário do Brasil, que incluiu capacitação em IA para mulheres. Os empregadores se comprometeram em financiar bolsas de estudo na área de tecnologia da informação, priorizando mulheres em situação socioeconômica mais vulnerável.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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