O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo aos líderes mundiais, na véspera da Semana de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, pedindo “ação urgente e coordenada”.
O chefe das Nações Unidas afirma que a humanidade enfrenta uma crise global, com “conflitos se multiplicando em um contexto em que as divisões geopolíticas não permitem enfrentá-los de forma eficaz”.
Sentimento de impunidade
Em entrevista à ONU News, ele ressaltou que “há um sentimento de impunidade, de que cada país acredita que pode fazer o que quiser”.
Por outro lado, Guterres destacou que nações em desenvolvimento enfrentam enormes dificuldades. Muitos estão se “afogando em dívidas”, sem acesso ao financiamento de que necessitam para recuperar suas economias. Nesse contexto, a desigualdade está crescendo.
Líder da ONU fala de temas urgentes para a UNGA80
Cooperação global é essencial
O secretário-geral destacou os múltiplos esforços da ONU para mobilizar a cooperação internacional.
Ele lembrou que “a mudança climática ainda não está sob controle” e que vários sinais indicam que será muito difícil manter o objetivo central de limitar o aquecimento global a menos de 1,5° Celsius. A meta foi estabelecida no Acordo de Paris de 2015 sobre Mudança do Clima.
Ele também advertiu que, embora tecnologias de ponta como a inteligência artificial ofereçam promessas, elas podem ampliar a polarização e o discurso de ódio. Por isso, defendeu que a governança deve “assegurar que a agência humana seja preservada e que estas ferramentas se tornem uma força para o bem”.
Guterres afirmou que o evento na próxima semana deve resultar em compromissos concretos em áreas-chave, como redução das emissões de carbono, reforma financeira internacional e fortalecimento do multilateralismo.
Ele apelou aos líderes para que “virem o jogo” e aceitem reformas na arquitetura financeira internacional em favor de maior justiça e igualdade.
Foco no Oriente Médio
Paz e segurança também estarão no centro das discussões. O secretário-geral disse esperar apoio claro à solução de dois Estados para encerrar o conflito entre israelenses e palestinos, além de medidas imediatas para enfrentar a crise humanitária em Gaza.
Guterres enfatizou que “o massacre que está acontecendo em Gaza precisa acabar”, com um cessar-fogo imediato e com a libertação imediata de todos os reféns.
Ele chamou a atenção para o Sudão e outros “conflitos esquecidos”, pedindo ação unificada do Conselho de Segurança para evitar mais sofrimento.
Ação climática já
O secretário-geral reafirmou que seu compromisso com a luta contra a mudança climática por meio de ações urgentes permanece “inabalável”.
Ele afirmou que “cada Estado-membro deve apresentar um novo plano climático que traga uma redução dramática das emissões para evitar a irreversibilidade que levaria a um desastre de proporções enormes para pessoas em todo o mundo”.
O líder da ONU ressaltou que os países mais vulneráveis, incluindo pequenos Estados insulares em desenvolvimento e nações africanas, enfrentam riscos “desproporcionais”.
“Estou determinado”
Em tom pessoal, o secretário-geral rejeitou qualquer ideia de desespero.
Guterres declarou que não se considera “nem otimista nem pessimista, mas sim determinado”.
Para ele, o momento é de “construir esperança e nunca desistir até que os objetivos sejam alcançados”.
O Debate Geral com líderes internacionais começa neste 23 de setembro, na Assembleia Geral, em Nova Iorque. O primeiro chefe de Estado a discursar é o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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