Uma das prioridades da ONU em 2025 é alavancar o financiamento necessário para cumprir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS, no prazo de cinco anos que ainda resta até 20230. Essas metas globais abrangem avanços em diversas áreas como saúde, educação, segurança e proteção do meio ambiente.

Apesar de serem compromissos assumidos por todos os países membros das Nações Unidas, os ODS sofrem com um déficit de financiamento anual estimado em US$ 4 trilhões.

Cortes e barreiras

Nesta segunda-feira o secretário-geral da ONU participou de um encontro sobre o tema, destacando o que chamou de “duras verdades”.

António Guterres enfatizou que doadores estão cortando os compromissos e a entrega de ajuda em “velocidade e escala históricas”.

Ele adicionou que a “colaboração global está sendo ativamente questionada, tendo em vista o cenário de guerras comerciais”. Para o líder da ONU, “em uma guerra comercial, todos perdem”, especialmente os países e as pessoas mais vulneráveis.

Guterres afirmou que barreiras comerciais estão “sendo erguidas em um ritmo vertiginoso” e representam um perigo claro para a economia global e o desenvolvimento sustentável.

Recentemente, o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial do Comércio e a ONU Comércio e Desenvolvimento lançaram previsões drasticamente reduzidas de crescimento econômico global.

Um navio de carga está atracado no porto de Vigo, na Espanha

Apelo por comércio “aberto, justo e baseado em regras”

À medida em que o mundo se prepara para a Quarta Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, em Sevilha, na Espanha, o chefe das Nações Unidas pediu que “as ambições não sejam perdidas”.

Ele defendeu um estímulo monetário para os ODS, reformas na arquitetura financeira global, além de compromissos com um comércio “aberto, justo e baseado em regras”.

O secretário-geral revelou que a ONU está trabalhando ainda em uma análise do impacto dos gastos militares nos ODS, com um relatório final a ser divulgado até setembro.

Reestruturação das dívidas

Sobre as negociações ligadas à Conferência em Sevilha, em julho, Guterres enfatizou a necessidade de ações concretas em três áreas. A primeira é a dívida, que, segundo ele, se tornou uma “vilã do desenvolvimento”.

Guterres disse que o problema está se agravando e lembrou que o serviço da dívida para economias em desenvolvimento ultrapassou US$ 1,4 trilhão por ano. Esse fardo econômico ultrapassa 10% da receita pública em mais de 50 países e mais de 20% em 17 países.

Para o líder da ONU, a Conferência de Sevilha deve estabelecer o compromisso dos países de reduzir o custo dos empréstimos, melhorar a reestruturação da dívida e evitar que crises se instalem.

Meninas na Tailândia demonstram seu apoio ao desenvolvimento

Prioridades da negociação

A segunda proposta é atingir todo o potencial das instituições financeiras internacionais, especialmente os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento, fazendo com que tripliquem seu poder de empréstimo.

O chefe das Nações Unidas defendeu o aumento da capacidade dessas instituições de mobilizar financiamento privado a custos razoáveis ​​para os países em desenvolvimento.

Por último, Guterres pediu ações concretas para aumentar fluxos de financiamento nacional, que devem ser canalizados para educação, saúde e infraestrutura.

O secretário-geral ressaltou que o combate à corrupção e aos fluxos financeiros ilícitos também devem fazer parte dos esforços.

A nível global, ele pediu a continuidade das negociações para moldar um regime tributário inclusivo e eficaz, e garantir que as regras internacionais sejam aplicadas de forma justa e eficaz.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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