Mianmar marca neste 1º de fevereiro dois anos de mais um golpe militar ocorrido no país.  Em nota, o secretário-geral da ONU expressou solidariedade ao povo birmanês em suas aspirações democráticas por uma sociedade inclusiva, pacífica e justa.

O secretário-geral António Guterres defende a proteção de todas as comunidades birmanesas incluindo a minoria muçulmana rohingya, que antes mesmo do golpe estava sendo alvo de violência.

Governo civil democraticamente eleito

Guterres citou a detenção de membros do governo democraticamente eleito incluindo o presidente U Win Myint e a conselheira de Estado Aung San Suu Kyi, que é vencedora do Prêmio Nobel da Paz.

Entidades das Nações Unidas advertiram para a situação humanitária que vem se agravando

 

Em dezembro, autoridades controladas pela Junta Militar, que rege o país, confirmaram entre 12 e 33 anos de prisão para cada um, incluindo trabalho forçado.

O secretário-geral da ONU “condena com veemência todas as formas de violência à medida que a crise multidimensional continua a se deteriorar e alimenta sérias implicações regionais”.

Passo essencial

Em 21 de dezembro, o Conselho de Segurança adotou a Resolução 2669 sobre a situação no país do sudeste asiático. Para Guterres, a decisão é um passo essencial e destaca a urgência de uma unidade internacional fortalecida.

Ele apoia o pedido dos 15 Estados-membros para que a enviada especial Noeleen Heyzer coordene ações com a contraparte da Presidência da Associação de Nações do Sudeste Asiático, Asean.

Mulher em Cox’s Bazar, no Bangladesh, recebe ajuda alimentar da ONU e parceiros depois de fugir do Myanmar. Foto: PMA/Saikat Mojumder

 

A meta é ter um envolvimento mais intenso com todos os lados relevantes em Mianmar para se alcançar o fim da violência e apoiar o retorno à democracia.

Perseguições e bombardeios

O secretário-geral disse estar preocupado com a intenção dos militares de realizar eleições. Na semana passada, agências de notícias citaram alguns critérios de participação de partidos no pleito anunciado para agosto deste ano.

Guterres caracteriza um momento atual de intensos bombardeios aéreos e queima de casas de civis, juntamente com prisões, intimidações e perseguições contínuas de líderes políticos, atores da sociedade civil e jornalistas.

Por isso, ele assinala não haver condições que permitam ao povo de Mianmar exercer livremente seus direitos políticos, e que as eleições propostas correm o risco de exacerbar a instabilidade.

Vontade e necessidades do povo

Antes, entidades das Nações Unidas também advertiram para a situação humanitária que vem se agravando nos últimos anos.

Após fugirem da violência em Mianmar em outubro de 2016, refugiados Rohingya vivem em locais improvisados superlotados em Cox’s Bazar, Bangladesh. Foto: Acnur/Saiful Huq Omi

 

Guterres expressou seu empenho, em nome da organização, em manter presença em Mianmar e abordar as múltiplas vulnerabilidades após as ações militares ocorridas desde fevereiro de 2021.

Para tal, o secretário-geral pediu acesso total e desimpedido a todas as comunidades afetadas, além de priorizar a segurança das agências das Nações Unidas e seus parceiros.

A nota termina com o chefe da ONU renovando o apelo aos países vizinhos e outros Estados-membros para que “exortem a liderança militar a respeitar a vontade e as necessidades do povo de Mianmar e aderir às normas democráticas.”

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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