O Conselho de Diretores do Banco Mundial aprovou um projeto para apoiar a expansão da Linha 4 do Metrô de São Paulo até a cidade vizinha de Taboão da Serra. Esta será a primeira vez que a rede metroviária ultrapassará os limites da capital paulista.

A iniciativa visa oferecer transporte mais rápido, limpo e seguro para milhares de passageiros diários. Outro objetivo é melhorar o acesso a empregos para moradores de baixa renda e servir de modelo para a entrega de infraestrutura urbana complexa por meio de parcerias público-privadas, PPPs.

Investimento e impacto

O projeto terá custo total estimado em US$ 893,6 milhões, sendo US$ 400 milhões financiados pelo Banco Mundial. O restante será proveniente de fontes estaduais e privadas.

A extensão da linha deverá beneficiar cerca de 50 mil passageiros por dia até 2030. A conexão com Taboão da Serra é particularmente relevante, já que a região tem rendas até 70% menores do que o centro de São Paulo.

Banco Mundial/Mariana Ceratti

Expansão deve evitar a emissão de aproximadamente 650 mil toneladas de CO₂,

Aproximadamente 71% da população local vive com até dois salários-mínimos, de acordo com o especialista em Transporte do Banco Mundial, Edpo Covalciuk.

“A Linha 4 representa um projeto de destaque, por ter sido a primeira PPP no país, marcando um novo marco no financiamento de infraestrutura no Brasil. O Banco Mundial tem oferecido suporte desde as fases 1 e 2, e agora na fase 3.”

Expansão pioneira

Essa será também a primeira vez que uma concessionária privada implementará diretamente um projeto com financiamento do Banco Mundial no Brasil.

A parceria entre o Governo do Estado de São Paulo e o Banco já classificou a Linha 4 entre os sistemas mais eficientes e inovadores da América Latina, ressaltou Covalciuk.

“Esta última etapa representa a primeira expansão da rede de metrô de São Paulo para além dos limites da cidade, alcançando Taboão da Serra. O impacto social é considerável: mais de 800 mil pessoas vivem em um raio de até dois quilômetros das estações.”

Somente no novo trecho entre Vila Sônia e Taboão da Serra, cerca de 230 mil pessoas terão acesso a uma estação próxima de suas residências, a maioria pertencente à classe trabalhadora paulistana.

© Rovena Rosa/Agência Brasil

Cerca de 230 mil pessoas terão acesso a uma estação próxima de suas residências

“Cerca de 60% desse grupo recebe entre um e dois salários-mínimos e depende do transporte público diariamente”, destacou o especialista. “Espera-se que a linha transporte mais de 1 milhão de passageiros por dia, com consequente redução no número de acidentes e nas emissões de dióxido de carbono,CO₂.”

Sustentabilidade e inovação

A nova extensão terá 3,3 quilômetros, duas novas estações e integração total entre metrô e ônibus. A linha será totalmente eletrificada, com trens sem operador, portas de plataforma, projeto resistente a enchentes e acessibilidade universal.

A expansão deve evitar a emissão de aproximadamente 650 mil toneladas de CO₂, contribuindo para as metas climáticas do estado.

O projeto destaca a construção de túneis, trilhos e nova subestação de energia, sistemas de sinalização de última geração, fortalecimento da agência reguladora Artesp.

Também estão previstas ações voltadas à acessibilidade e segurança para mulheres e grupos vulneráveis, além da criação de empregos em múltiplas áreas técnicas e operacionais.

*Sidrônio Henrique é correspondente da ONU News no Banco Mundial Brasil.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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