Neste 25 de julho, as Nações Unidas marcam, pela primeira vez, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas Afrodescendentes. A comemoração foi proclamada pela Assembleia Geral em agosto de 2024.
Segundo o Fundo de População da ONU, Unfpa, as afrodescendentes enfrentam taxas alarmantes de mortalidade materna. Muitas vezes, esses casos não têm relação com renda ou educação, mas sim com racismo e desigualdade estrutural.
Dados e treinamento
A agência defende a melhorias em sistemas de saúde e programas de obstetrícia, educação de sexualidade com viés cultural, coleta de dados e treinamento contra o racismo.
Este ano, o tema do Dia Internacional é: “Mulheres e meninas afrodescendentes são líderes, não apenas beneficiárias – sua inclusão e empoderamento são essenciais para o progresso global”.
Em nota, especialistas em Direitos Humanos* consideraram a ocasião uma convocação para prevenir e eliminar o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância correlata contra mulheres e meninas afrodescendentes.
A primeira comemoração do Dia Internacional coincide com o início da Segunda Década Internacional dos Afrodescendentes, que terminará em 2034.
Solidariedade em meio a desafios
Para o grupo de peritos trata-se de uma ocasião para honrar as “profundas contribuições das meninas e mulheres ao longo da história” e, em conjunto, reafirmar a solidariedade global com desafios sucessivos.
A celebração exalta as qualidades do que considera “um dos grupos mais marginalizados em nível global devido à intersecção entre discriminação racial, de gênero e socioeconômica”.
As afrodescendentes enfrentam obstáculos como falta de acesso à educação e saúde de qualidade, sub-representação nos espaços políticos e profissionais, bem como “barreiras sistêmicas que impedem seu desenvolvimento e violam seus direitos”.
Apesar desses desafios, os especialistas falam de um avanço de mulheres e meninas “liderando movimentos, destacando-se no meio acadêmico e profissional, defendendo a justiça e quebrando ciclos geracionais de pobreza e exclusão.”
Opressão e marginalização
Na Declaração e Programa de Ação de Durban de 2001, os países pediram abordagens com perspectiva de gênero, pelo enfrentamento do racismo e pelo empoderamento e proteção de mulheres e meninas.
Os especialistas lembram que ao longo dos séculos, apesar da opressão e da marginalização, as afrodescendentes colaboraram para construir e moldar sociedades e comunidades: da ciência à literatura, da política às artes, do esporte à cultura.
No entanto, eles assinalam que essas contribuições foram amplamente subestimadas, minadas, ignoradas, não contadas e desconhecidas.
*Relatores de direitos humanos são independentes das Nações Unidas e não recebem salário pelo seu trabalho.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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