A União Internacional de Telecomunicações, UIT, encerrou, nesta sexta-feira, o Encontro de Cúpula da Inteligência Artificial para o Bem com milhares de participantes debatendo os destinos da nova tecnologia em vários setores incluindo o da saúde.

Uma das mesas analisou a aplicação da IA na medicina tradicional numa reflexão que reuniu também especialistas da Organização Mundial da Saúde, OMS, e da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Ompi.

Idosos e risco de queda

A ONU News conversou com o conselheiro da UIT para inteligência artificial na saúde, Simão Campos. Segundo ele, a tecnologia pode ajudar principalmente na produção de diagnósticos e triagens.

“Então se você tiver agentes autônomos que podem dar um diagnóstico ou pelo menos uma triagem dizendo: ‘isso parece ser importante’. Então coloca uma prioridade para que alguém veja e dê o diagnóstico. Então, isso é muito importante para ajudar. Existem outras áreas também especialmente quando a gente vai envelhecendo e cada vez mais a população é idosa. E as pessoas ainda querem ter uma vida independente. Ou os sistemas de saúde não comportam a ter as pessoas com cuidados mais constantes.”

Simão Campos explicou que um dos maiores riscos de morte para idosos é após sofrerem quedas. Robôs ou dispositivos de inteligência artificial com sensores poderiam auxiliar as pessoas avisando do risco de queda iminente dentro da própria casa ou na rua.

Desigualdades de acesso

Um dos temas debatidos na Cúpula da Inteligência Artificial para o Bem foram os recursos limitados e as desigualdades no acesso à saúde. Com uma demanda maior especialmente nas grandes cidades, a falta de recursos e de investimentos no setor tende a prejudicar quem precisa dos serviços médicos.

A Iniciativa Global sobre IA para a Saúde quer incentivar uma cooperação entre setores de governos assim como das comunidades globais de saúde para formulação de políticas que integrem propriedade intelectual e tecnologia.

A meta é transformar a saúde pública com base na IA e na cooperação global com estruturas padronizadas.

Ao ser perguntado sobre a necessidade de que a inteligência artificial se torne uma disciplina escolar já no ensino básico, Simão Campos respondeu.

Novas tecnologias no Encontro de Cúpula da Inteligência Artificial para o Bem

IA nas escolas

“Eu acho que existem noçoes de conhecimento no mundo inteiro. Então, eu acho que a gente tem que facilitar essa comunicação da criação dessa comunidade para que as pessoas se conheçam e possam trocar experiências. Não é uma questão Norte-Sul. Existe muita capacitação nas Américas, na África, na Ásia.”

Simão Campos lembrou que a IA já vigora como disciplina no ensino superior e deve avançar também em outros níveis do sistema educacional.

A Cúpula da Inteligência Artificial para o Bem ocorre num momento em que os sistemas autônomos e generativos evoluem mais rápido do que as estruturas regulatórias.

O encontro reuniu representantes de governos,líderes de tecnologia, acadêmicos, sociedade civil, representantes da ONU e jovens em Genebra.

*Monica Grayley é editora-chefe da ONU News Português.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).

To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).

Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.