A coordenadora humanitária das Nações Unidas no Sudão, Clementine Nkweta-Salami, disse que está chocada e profundamente preocupada com a escalada da violência em Porto Sudão, considerado o principal centro humanitário do país.
Nas primeiras horas, desta terça-feira, parte do Aeroporto Internacional da cidade além de outras zonas de infraestruturas foram atacadas com drones. Um estoque de combustíveis e um transformador de energia também foram alvejados.
Cerca de 30 milhões de sudaneses precisam de socorro
Desde abril de 2023, o Sudão está sendo alvo de violentos combates entre tropas do governo e paramilitares das Forças de Reação Rápida, RSF na sigla em inglês.
Mais de 12 milhões de sudaneses foram forçados a fugir de suas casas para escapar de um conflito que já matou pelo menos 150 mil pessoas em pouco mais de dois anos.
Atualmente, 30 milhões de sudaneses precisam de ajuda humanitária para sobreviver. Segundo a ONU, essa é a maior crise humanitária do mundo.
O primeiro ataque à cidade de Porto Sudão ocorreu no domingo, segundo o Exército sudanês. O local é considerado o quartel-general do governo militar do país africano e não havia sido atacado pelos rebeldes até esse fim de semana.
Para a coordenadora humanitária da ONU, ataques como esses somente aprofundam o sofrimento humano e as necessidades imediatas de quem está sob fogo cruzado.
A coordenadora Residente e Humanitária da ONU no Sudão, Clementine Nkweta-Salami (à direita), em Gedaref. (arquivo)
Local é centro vital para ajuda humanitária
Além disso, trabalhadores humanitários já têm enormes dificuldades logísticas para fazer chegar ajuda a quem precisa. O Aeroporto Internacional de Porto Sudão é uma linha vital para operações de ajuda com entrada de suprimentos médicos, pessoal de apoio e outras ações que salvam vidas. Dali também partem os envios para todo o país que já atravessa uma situação de extrema necessidade. Com os danos causados à cidade, toda a estrutura de socorro dos sudaneses fica ameaçada.
Os últimos ataques ocorrem após dias de ofensivas à cidade de Kassala e Porto Sudão, onde muitos refugiados estavam buscando abrigo após terem que escapar, várias vezes, da violência pelo país.
Apelo para que violência cesse imediatamente
Desde janeiro, os ataques à estações de abastecimento de água, refinarias de petróleo e outros pontos de infraestrutura têm causados apagões e interrompido serviços essenciais como água potável, cuidados de saúde e fornecimento de alimentos.
A ONU lembra que esses ataques representam uma violação da lei internacional humanitária que proíbe civis e infraestruturas civis de serem atingidas.
Todos os esforços devem ser feitos para evitar que civis sejam vítimas dos combates. A coordenadora humanitária voltou a pedir a todos os lados do conflito que acabem com a violência.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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