Organizações da sociedade civil saudaram o consenso alcançado na Quarta Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que terminou nesta quinta-feira, em Sevilha, na Espanha. 

Vários ativistas, muitos do Sul Global, pediram maior liderança e comprometimento das nações mais ricas para ajudar a enfrentar as desigualdades estruturais de longa data.

Mulheres à mesa de decisão

Em uma das mesas de debate, o diretor da Agência Espanhola para a Cooperação e Desenvolvimento Internacional afirmou que é preciso incluir as mulheres no planejamento e execução da agenda de desenvolvimento.

Antón Leis García disse que é preciso dar autonomia às mulheres de formas política, social e econômica para assegurar que 50% da humanidade possa participar da promoção do desenvolvimento sustentável e ajudar a fechar as lacunas da implementação desta agenda.

Os participantes da Conferência da ONU na Espanha concordaram de que a execução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, é um longo caminho a percorrer.

Cidades e Governos Locais Unidos

Paula Sevilla, Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento

Cidades e Governos Locais Unidos

Já Paula Sevilla, representante do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Iieed, com sede em Londres, contou que trabalha há décadas com sustentabilidade e justiça climática na América Latina, África e Ásia.

Para ela, o evento chegou em um momento crucial para tentar restaurar a fé na cooperação internacional, especialmente após a pandemia, que segundo ela expôs a falta de “solidariedade global”.

Brasil e Espanha

Paula Sevilha também comentou a iniciativa liderada pela Espanha e pelo Brasil para trabalhar em prol de uma tributação justa e combater a evasão fiscal pelos mais ricos do mundo — promovendo mais transparência e responsabilização. Para ela, esse pode ser um caminho de útil para corrigir desigualdades estruturais.

Com apenas cinco anos restantes para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o tempo está se esgotando. Por isso, o Compromisso de Sevilha não terá sentido sem uma mudança real.

 

• O Compromisso de Sevilha estabelece um novo roteiro global para arrecadar os trilhões de dólares necessários a cada ano para alcançar o desenvolvimento sustentável, com base em acordos internacionais anteriores.

• Ele exige sistemas tributários mais justos, o combate à evasão fiscal e aos fluxos financeiros ilícitos, e o fortalecimento dos bancos públicos de desenvolvimento para apoiar as prioridades nacionais.

• O acordo destaca a necessidade de novas ferramentas para aliviar as pressões da dívida sobre os países vulneráveis, incluindo esquemas de conversão de dívida, opções para suspender pagamentos durante crises e maior transparência.

• ​​Países comprometidos em aumentar a capacidade dos bancos multilaterais de desenvolvimento, aumentar o uso de direitos especiais de saque e atrair mais investimentos privados para apoiar o desenvolvimento.

• Também visa tornar o sistema financeiro global mais inclusivo e responsável, com melhor coordenação, sistemas de dados mais robustos e maior participação da sociedade civil e de outros.

 

O Compromisso lança a Plataforma de Ação de Sevilha, que inclui mais de 130 iniciativas já em andamento para transformar os compromissos em resultados concretos.

*Antonio Lafuente é enviado especial da ONU News a Sevilha.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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