Faltam menos de dois meses para a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que será em Belém do Pará, no Brasil, de 10 a 21 de novembro.

O governo brasileiro pretende dar um impulso nas negociações durante a Assembleia-Geral da ONU em Nova Iorque no final deste mês.

Reta final da preparação para COP30 no Brasil

Reunião de negociação em Nova Iorque

O país convocou para o dia 25 uma consulta presencial com todas as partes negociadoras. O objetivo é acelerar a adoção das agendas, destravar impasses e garantir um “início suave dos trabalhos na COP30”, de acordo com a 6ª carta à comunidade internacional emitida pelo presidente da COP30, André Corrêa do Lago.

Em vídeo divulgado na página oficial da conferência, ele disse que o Brasil é considerado um país que está preparado para levar o combate às mudanças climáticas adiante.

“Acredito que nós vamos conseguir usar essa COP30 para fazer do Brasil um país melhor, mas sobretudo para fazer do Brasil um país que mostre para o mundo várias soluções, várias direções, que graças à diversidade brasileira nós podemos oferecer”.

A reunião em Nova Iorque vai tocar em temas centrais da conferência, como as estratégias para mobilizar US$ 1,3 trilhão em financiamento climático, transição energética justa e indicadores sobre adaptação.

Adaptação a um planeta mais quente

A CEO da COP30, Ana Toni, destaca que “adaptar é prevenir as piores consequências da mudança do clima”. Em mensagem divulgada nas redes sociais, ela aborda os riscos crescentes de ondas de calor.

“O conceito de adaptação vai ser fundamental na COP30. A gente sempre fala de como a gente evita o problema. Quando a gente fala ‘parar de poluir o planeta’ a gente está falando de mitigação. Agora, infelizmente, o planeta já esquentou, já está tendo mudança do clima. Então o que a gente está falando agora é sobre como a gente se adapta a um planeta mais quente, onde tem consequências. Vão ter ondas de calor cada vez mais intensas. Então como a gente lida por exemplo com as pessoas idosas nesses dias de 45°C, 50°C, que cuidados de saúde a gente precisa ter”. 

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A diretora-executiva da COP30, Ana Toni (à esquerda), e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago (à direita), durante coletiva de imprensa

Expectativa com novos planos nacionais

O sucesso da conferência no Brasil também depende da apresentação das Contribuições Nacionalmente Determinadas, NDCs, pelos 196 países que assumiram esse compromisso ao assinar o Acordo de Paris, 10 anos atrás.

O ano de 2025 é o prazo para que esses novos planos nacionais sejam divulgados, mas até agora, apenas 33 países apresentaram suas propostas.

Durante a Assembleia Geral da ONU, no dia 24, será realizada a Cúpula do Clima, que representa uma oportunidade para que as demais nações apresentem suas NDCs. 

Esses planos vão determinar, dentre outras coisas, o quanto os países pretendem cortar de emissões de gases do efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global. 

 

*Felipe de Carvalho é redator da ONU News.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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