Nesta terça-feira, a alemã Annalena Baerbock assume a presidência da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Eleita em junho, a ex-ministra das Relações Exteriores da Alemanha será somente a quinta mulher em 80 anos a ocupar o posto.
Paz, desenvolvimento e direitos humanos
Em seu discurso após a votação, Baerbock falou do tema da 80ª. Sessão da Assembleia Geral, que marca oito décadas desde a criação da ONU: “Melhor juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”.
Para ela, o novo ciclo será um momento crucial para a organização, o centro do sistema multilateral, que está sob imensa pressão. Ela citou os campos político e financeiro, além dos mais de 120 conflitos armados que lembram que a missão primordial das Nações Unidas, de “salvar as gerações futuras do flagelo da guerra”, continua inacabada.
Antes da alemã, que á a primeira europeia no cargo, serviram na função a indiana Vijaya Lakshmi Pandit em 1953, Angie Brooks da Libéria em 1969, Sheikha Haya Rashed Al-Khalifa, do Bahrein, 2006 e María Fernanda Espinosa, do Equador em 2018.
Perfomance brilhante
A ONU News conversou com Espinosa sobre o tema. Segundo ela, Baerbock tem tudo para ser uma excelente presidente.
María Fernanda Espinosa vê em Annalena Baerbock todas as condições para uma “performance brilhante” como a próxima presidente. Ela ressaltou que a alemã assume a liderança em um momento de “profunda mudança estrutural na instituição, relacionada, em parte, com desafios financeiros”.
A ONU News também foi às ruas saber o que as pessoas pensam deste retorno de uma mulher à liderança da Assembleia Geral e como elas fazem a diferença no comando de um órgão dessa natureza.
Da Guiné-Bissau, Soraia Molé, estudante de Relações Internacionais, diz que é uma questão de inclusão e inspiração. E que as mulheres já têm contribuído para conduzir destinos de grandes instituições há muito tempo.
Transformar o futuro
“A liderança feminina não é apenas simbólica. Ela representa o diálogo, a paz, a solidariedade, a empatia e novas formas de enfrentar os desafios globais. Quando uma mulher assume um cargo de poder global, como a presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas, isso rompe barreiras históricas. Inspira milhões de mulheres a acreditarem que também podem liderar e transformar o futuro. Além disso, demonstra que a liderança não tem gênero. Numa era marcada por conflitos, guerras, desigualdades e desafios climáticos, o mundo precisa de líderes que compreendam a importância do diálogo, da paz, da solidariedade e da inclusão.”
A moçambicana Milú da Graça fala sobre os papéis das mulheres na liderança em um planeta com várias emergências e as implicações para as questões contemporâneas.
“Quando começamos a ter mulheres a ocuparem esses cargos de liderança, em termos de gestão de conflitos, em termos de harmonia, vamos ter todo esse sistema integrado, porque a mulher consegue fazer isso. A mulher é mãe, então ela usa este lado de mulher para garantir maior harmonia de uma sociedade e de uma nação. Então, a partir deste momento, nós vamos começar a ter um mundo mais inclusivo, um mundo em que todos nós fazemos as mesmas tarefas e automaticamente começamos a desmistificar as qualidades de todo ser humano e começamos a ter este equilíbrio.”
Garantir maior harmonia
Já para a vice-presidente da Associação dos Alumni Estados Unidos-Angola, Indira Fuacanangui, a nova líder da Assembleia Geral prova que a mulher pode liderar com eficiência.
“Trará uma liderança participativa, em que haverá mais inclusão, conforme dizia. E não só, aspectos ligados a questões de desigualdade salarial, da manutenção da paz, a crise climática, a pobreza e do poder. Então, dar mais espaço para esses assuntos mais difíceis de se resolver, porque temos assistido muitas mulheres que são muito fragilizadas, banalizadas e à violência contra as mulheres. Precisamos ver que esta nova liderança traga uma esperança, uma forma de liderar que possa inspirar as mulheres a tomarem outro rumo, a terem outra decisão e melhoria naquilo que é a questão global e continental.”
Annalena Baerbock promete dirigir a 80ª sessão da Assembleia Geral com visão de unidade e cooperação. A primeira mulher do grupo regional da Europa Ocidental a ser eleita para o cargo e uma das líderes mais jovens de sua geração.
Ela despontou na política no Partido Verde da Alemanha e foi escolhida como ministra das Relações Exteriores no governo do ex-chanceler federal Olaf Scholz.
Annalena Baerbock assume o cargo em um momento marcado por dezenas de conflitos em andamento, passos para acelerar metas de desenvolvimento, crescentes pressões financeiras e iminente seleção do próximo secretário-geral.
Ela disse que seu foco será no que os países podem fazer juntos, em vez de me perguntar o que os divide porque mundo é melhor junto.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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