As Nações Unidas informaram que 40% de todas as operações de ajuda alimentar na Faixa de Gaza foram negadas por Israel em fevereiro e março. O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, alerta que a crise atual não tem precedentes.

Entre os maiores desafios da Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, estão as restrições de acesso devido à falta de autorização de passagem de comboios para o norte desde janeiro passado.

Pessoas transportam os seus bens através de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza

Milhares de corpos podem estar sob os escombros

Estima-se que 33.360 palestinos foram mortos e 75.993 ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza que ocorrem desde 7 de outubro. Com base em dados do  Ministério da Saúde de Gaza, a Unrwa revela que a maioria são mulheres e crianças e “outros milhares de corpos podem estar sob os escombros”.

Esta semana, o Ocha coordenou com a Organização Mundial da Saúde, OMS, e outras entidades a realização de enterros dignos para corpos não identificados no Hospital Al Shifa na sequência do cerco de forças israelenses na semana passada.

Para os sepultamentos, feitos no local e nas proximidades, também houve apoio dos Serviços de Ação contra as Minas da ONU e o Departamento de Segurança e Proteção em coordenação com autoridades de saúde de Gaza.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, reportou que havia corpos parcialmente enterrados ou envoltos em plásticos. Com enterros dignos, estes poderiam “ser identificados posteriormente com exames forenses, dando algum consolo aos seus entes queridos”.

Aumento das populações deslocadas

A Unrwa calcula haver atualmente 300 mil habitantes nas províncias do norte e na Cidade de Gaza. A capacidade de fornecer apoio humanitário e de obter dados atualizados sobre os sobreviventes nestas áreas foi severamente limitada. 

Por causa de confrontos ainda em curso, as ordens de evacuação emitidas pelas Forças de Defesa de Israel e a necessidade constante de busca de locais mais seguros ocorreram repetidos deslocamentos.

Em nível de atendimento, estão atualmente operacionais somente 10 dos 36 hospitais primários que antes atendiam às necessidades de mais de 2 milhões de habitantes em Gaza.

Mesmo em meio a restrições significativas, apenas oito dos 24 centros de saúde da Unrwa continuam em funcionamento. Dois deles foram recentemente criados por causa do aumento das populações deslocadas.

Imagens da destruição do hospital Al-Shifa em Gaza, após o fim do último cerco israelense. A Organização Mundial da Saúde, OMS, reiterou que os hospitais devem ser respeitados e protegidos; eles não devem ser usados ​​como campos de batalha

Cestas básicas de emergência

Ao mesmo tempo em que a agência reitera os pedidos por uma “mudança significativa no volume de entregas”, a Unrwa revela ter alcançado mais de 1,8 milhões de pessoas, ou 85% da população de Gaza. 

Quase 600 milhões de beneficiários tiveram cestas básicas de emergência e aproximadamente US$ 3,6 milhões de consultas foram efetuadas a pacientes em centros e postos de saúde. 

Apesar de ter perdido um total de 178 funcionários desde o início do conflito em 7 de outubro, a Unrwa diz que seguirá “fazendo o armazenamento e a distribuição de produtos alimentares de outras agências”. 

 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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