O preço de referência para as principais commodities alimentares mundiais teve leve queda em setembro, puxada por uma redução nos índices de preços de açúcar e laticínios, de acordo com novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, nesta sexta-feira.

O Índice de Preços de Alimentos da agência, que rastreia as variações mensais de um conjunto de produtos alimentares, teve uma média de 128,8 pontos em setembro, em comparação com 129,7 em agosto.

Alta produção e concorrência mais acirrada

O preço do açúcar recuou 4,1%, atingindo seu menor nível desde março de 2021. A queda foi impulsionada pela produção acima do esperado no Brasil e pelas perspectivas favoráveis ​​de colheita na Índia e na Tailândia, após as abundantes chuvas de monções e o aumento do plantio.

Os laticínios baixaram 2,6% de preço. As cotações mundiais da manteiga caíram 7%, refletindo, em parte, a demanda decrescente por sorvete no Hemisfério Norte e as maiores perspectivas de produção na Oceania.

Já a redução nas cotações do leite em pó ocorreu principalmente devido à demanda mais fraca dos principais importadores e à concorrência mais acirrada nas exportações. Os preços do queijo caíram apenas marginalmente.

Colheitas abundantes de cereais

Internacionalmente, o valor pago pelo trigo diminuiu, pelo terceiro mês consecutivo, em meio à demanda internacional moderada e à confirmação de grandes colheitas nos principais países produtores.

Também foi observada queda no valor do milho, em meio a previsões de suprimentos abundantes em países exportadores, como Brasil e Estados Unidos. A suspensão temporária de impostos de exportação de grãos na Argentina ajudou com a redução. E o arroz ficou 0,5% mais barato em setembro.

O óleo vegetal caiu 0,7% em setembro, com as cotações mais baixas do óleo de palma e de soja refletindo, em parte, os estoques robustos na Malásia e Argentina, respectivamente. Isso compensou aumentos nos preços do óleo de girassol e de colza.

Um contêiner de transporte navega perto de Seattle, EUA

Carne bovina atinge alta histórica

Por outro lado, a carne chegou ao consumidor com aumento de 0,7% em relação ao nível de agosto e atingiu um novo recorde, 6,6% acima do ano anterior. O acréscimo refletiu os maiores preços mundiais da carne bovina e ovina. As cotações da carne suína e de aves permaneceram amplamente estáveis.

Os preços da carne bovina atingiram uma alta histórica, apoiados pela forte demanda nos Estados Unidos, onde o fornecimento doméstico limitado e o diferencial de preços favorável continuaram a incentivar as importações.

A carne bovina brasileira também ficou mais cara, devido à forte demanda global, que compensou o acesso reduzido ao mercado dos Estados Unidos após a imposição de tarifas mais altas para produtos brasileiros.

Maior crescimento anual da produção de cerais desde 2013

A FAO também divulgou previsões atualizadas para a produção global de cereais em 2025, agora fixada em 2.971 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 3,8% em relação ao ano passado e marca o maior crescimento anual desde 2013.

Aumentos notáveis ​​são esperados para o trigo na Austrália, o milho nos Estados Unidos e o arroz na Índia.

A utilização total mundial de cereais em 2025/2026 agora está prevista para aumentar para 2.930 milhões de toneladas, com suprimentos abundantes disponíveis para consumo humano e ração animal.
 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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