Uma em cada cinco crianças vive, atualmente, em contexto de guerra. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, em Portugal, trata-se de países afetados por combates ou conflitos violentos.

A representação relembra que, em muitos locais como Gaza, Sudão, Mianmar e Ucrânia, o Natal não traz proteção e paz, e que, a missão da agência é essencial para milhões de crianças.

Resiliência em meio de restrições

A nova campanha de Natal “Leve ajuda humanitária onde o Natal não chega” pretende apoiar 473 milhões de crianças que vivem sob os impactos arrasadores de guerras ou conflitos violentos, através de um apelo à sociedade civil.

Cerca de 48,8 milhões foram deslocadas devido à violência e 52 milhões estão fora da escola. Além disso, mais de 70% das mortes ou ferimentos infantis que acontecem em contextos de guerra resultam do uso de armas explosivas em áreas povoadas.

Em julho passado, a agência contava apenas com 38% do financiamento necessário para o seu apelo anual de cerca de € 8,53 bilhões.

Uma menina abraça a avó num campo para deslocados no leste de Mianmar

Cuidados de saúde primários

Apesar do subfinanciamento e das restrições de acesso e riscos no terreno, o Unicef continua presente em mais de 400 crises humanitárias por ano.

As ações nesses locais asseguram alimentos, água potável, kits de higiene, abrigos de emergência, cuidados de saúde primários às populações vulneráveis.

Além disso, a agência presta apoio psicossocial, cria espaços seguros para crianças separadas das famílias e atua no restabelecimento de serviços e infraestruturas danificadas, desde saúde pública à reabilitação de escolas e distribuição de material escolar.

Infância em colapso e risco crescente

Na Ucrânia, 2,786 crianças foram mortas ou feridas desde fevereiro de 2022. Entre março e maio de 2025, a violência agravou-se e 222 crianças foram atingidas.

No país europeu, 70% das crianças vivem em privação material, um terço não tem acesso a água potável e saneamento, e mais de 4,6 milhões estão fora da escola.

Na Faixa de Gaza, desde o início do conflito em outubro de 2023, mais de 64 mil crianças foram mortas ou feridas, incluindo pelo menos mil bebês, e muitas continuam desaparecidas.

Com a declaração de fome em agosto de 2025 que afeta perto de 500 mil pessoas, mais de 10 mil crianças sofrem de subnutrição aguda severa, enquanto o colapso do sistema de saúde resulta em mortes por doenças evitáveis.

Uma família deslocada se estabelece em Tawila após fugir dos conflitos em Al Fasher, Darfur do Norte

Zonas de conflito como Darfur

No Sudão, mais de 2 milhões de crianças estão deslocadas internamente e 825 mil permanecem sitiadas em zonas de conflito como Darfur e Zamzam.

Em Al-Fasher, o Unicef verificou mais de 1,1 mil violações graves dos direitos das crianças. O colapso no setor educativo deixou ainda mais de 19 milhões de crianças fora da escola e 90% sem acesso ao ensino.

Em Mianmar, 6,4 milhões de crianças necessitam de assistência humanitária devido ao contexto de conflito prolongado, deslocações internas e desastres naturais recentes.

Apelo à sociedade

A responsável de comunicação do Unicef Portugal, Catarina da Ponte, sublinha que “cada doação pode significar aconchego para uma criança que perdeu a sua casa, medicamentos para quem está doente, apoio psicológico para quem viveu traumas inimagináveis.”

O Unicef Portugal apela à sociedade para que, neste Natal, se junte ao esforço global de proteger e salvar vidas de crianças em todo o mundo.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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