A liberdade de expressão chegou ao nível mais baixo em décadas, após uma queda de 10% em comparação a 2012. Os dados são da Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco.
O declínio é comparável apenas ao observado na Primeira Guerra Mundial, no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial e ao final da década de 1970, durante a Guerra Fria.
Maior controle sobre meios de comunicação
O relatório sobre as tendências globais da liberdade de expressão e do desenvolvimento dos meios de comunicação abrange o período de 2022 a 2025. O estudo alerta para um aumento alarmante da autocensura entre jornalistas, com crescimento de 63%, a uma média de cerca de 5% ao ano.
Essa tendência é um reflexo do crescimento de 48% no controle de meios de comunicação por governos e grupos poderosos e de uma maior incidência de vigilância digital e leis restritivas, que tornam a reportagem independente cada vez mais difícil.
Também foi observada uma queda de 37% na liberdade acadêmica e artística, mostrando que o problema vai além do jornalismo.
Uma jornalista na Somália conduzindo uma entrevista
Aumento de ataques contra jornalistas
Os profissionais da comunicação sofrem risco significativo de morte no exercício da profissão. Entre janeiro de 2022 e setembro de 2025, 310 jornalistas foram mortos, sendo 162 deles em zonas de conflito.
Embora tenham ocorrido avanços modestos, com a taxa de impunidade caindo de 95% em 2012 para 85% em 2024, a maioria dos responsáveis por esses assassinatos segue sem punição.
Os ataques a jornalistas incluem violência física, ameaças digitais e perseguição judicial. Muitos são forçados a deixar seus países. Desde 2018, mais de 900 profissionais do setor na América Latina e no Caribe foram obrigados a se exilar.
Repórteres de meio ambiente estão entre os mais expostos. Cerca de 70% deles relatam ter sido atacados por causa de seu trabalho. Foram 749 ataques entre 2009 e 2023, com aumento acentuado nos últimos anos.
O assédio on-line também cresceu globalmente, afetando de forma desproporcional as mulheres. Um novo estudo do Centro Internacional para Jornalistas revelou que 75% das jornalistas e trabalhadoras da mídia sofreram violência on-line relacionada ao trabalho em 2025, em comparação com 73% em 2020.
Tendências positivas
Apesar do grave retrocesso global na liberdade de expressão, o relatório identifica avanços importantes. Entre 2020 e 2025, mais 1,5 bilhão de pessoas passaram a ter acesso a redes sociais e plataformas de mensagens, ampliando as possibilidades de participação cívica em todo o mundo.
O jornalismo investigativo colaborativo também ganhou força no período, resultando em um aumento de grandes reportagens transfronteiriças. Equipes dedicadas à checagem de fatos se fortaleceram em diversos veículos de imprensa.
Além disso, leis que reconhecem os meios de comunicação comunitários vêm se multiplicando globalmente, ajudando a preservar uma fonte vital de informação local.
A Unesco pede aos países que protejam e invistam no jornalismo para promover sociedades pacíficas. Para a agência, a defesa do jornalismo livre e independente deve ser reconhecida como uma prioridade.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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