Com cerca de 60% da população com menos de 25 anos, o continente africano está repleto de energia, criatividade e potencial. No entanto, num cenário global cada vez mais moldado pelas tecnologias digitais e inteligência artificial, milhões de jovens africanos continuam desconectados devido à falta de oportunidades.
Até 2030, estima-se que a África Subsariana gere 230 milhões de empregos digitais, impulsionados pela rápida expansão dos serviços. O potencial é enorme, mas exige investimento e políticas que acelerem a inclusão da transformação digital e criem oportunidades.
Colmatar o fosso digital
Em 2024, a cobertura da internet em África atingiu 40%, um aumento face aos 3,2% registrados em 2005. Atualmente, mais de 600 milhões de pessoas utilizam internet móvel de banda larga no continente. Ainda assim, mais de 900 milhões de pessoas continuam fora da internet.
Além disso, 76% enfrentam uma “disparidade de utilização”, visto que vivem com cobertura de rede, mas não têm meios ou habilidades para obter os serviços digitais. Nas zonas rurais, o acesso é de apenas 28%.
A digitalização está a democratizar o acesso à educação, à saúde, aos serviços financeiros e aos mercados. Também permite reduzir desigualdades, capacitar as comunidades e criar empregos.
Transformar sucessos locais
Na África Ocidental e Central, há exemplos de sucesso reais que mostram o impacto da transformação digital. No Benim, mais de 250 serviços públicos estão acessíveis online e a cobertura móvel atinge 92% do território.
Programas de formação comunitária ajudaram milhares de pessoas a aprender competências digitais. Estudantes conseguem agora aceder a plataformas de aprendizagem e mentoria online, abrindo novas oportunidades de educação, empreendedorismo e cidadania.
Mercado digital
Na Cimeira Regional sobre Transformação Digital na África Ocidental e Central, realizada em novembro, os temas da disparidade de utilização, das oportunidades ligadas à IA e do mercado digital único estiveram no centro das discussões.
O mercado africano de IA, estimado em US$ 2 bilhões até 2025, é impulsionado por startups e pela adoção de aplicações de otimização e serviços voltados para o consumidor.
A Estratégia de Transformação Digital da União Africana (2020-2030) traça um caminho para um mercado digital harmonizado, libertando o potencial do comércio eletrónico, dos pagamentos transfronteiriços e das trocas digitais.
Ecossistema para empresas
A cimeira de Cotonou surgiu como uma oportunidade para renovar o compromisso com o progresso digital inclusivo, acabar com a exclusão digital e criar empregos digitais na África Ocidental e Central.
Os governos e os seus parceiros, o setor privado e a sociedade civil estão a estabelecer novas parcerias e a mobilizar investimentos, nomeadamente através de pactos digitais, garantindo que todos tenham voz.
Os promotores defendem que a transformação digital é essencial para o futuro do continente, cada vez mais moldado pela IA. O desafio é garantir que o futuro digital seja inclusivo e benéfico para todos.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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