A escalada de violência nas regiões de Darfur e Kordofan aumenta a preocupação na ONU. O Escritório para os Assuntos Humanitários revelou que ataques com drones expõem cada vez mais os civis a perigos.

No Conselho de Segurança, o conflito mereceu atenção em sessão que esta quinta-feira abordou a situação na África Central.

Refugiados e candidatos a asilo

Entre o início do conflito, em 2023, e o passado 1º. de novembro, mais de 1,2 milhões de refugiados, requerentes de asilo e chadianos repatriados chegaram ao Chade a partir do território sudanês.

No leste do país, a superlotação dos campos pressiona os serviços básicos, e aumenta os riscos de desnutrição e epidemias. Mais de 7 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária, mas o plano de intervenção para 2025 foi financiado apenas em 26,4%.

Na segunda-feira, os ataques atingiram as cidades de Kutum e Kabkabiya, no estado de Darfur do Norte. Segundo fontes locais, dois civis morreram e outros 10 ficaram feridos.

No mesmo dia, no Darfur do Sul, os ataques com drones visaram áreas na capital do estado, Nyala, e na cidade de Katila, a sudoeste.

Preocupações humanitárias

As Forças de Apoio Rápido, RSF, tomaram o maior campo petrolífero do país, na cidade de Heglig, no estado de Kordofan Ocidental. A operação forçou mais pessoas a fugir e aprofundou as preocupações humanitárias. Neste local, muitas famílias estão agora a ser deslocadas pela segunda vez.

Esta semana, o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, relatou um encontro que teve com uma mulher deslocada, durante sua recente visita à área sudanesa de Darfur.

A mulher percorreu a “estrada mais perigosa do mundo” para proteger um bebé de dois meses, após seus vizinhos e família terem sido mortos. Mesmo tendo sido atacada, ela não desistiu, e chegou a Tawila, onde foi apoiada pelo Ocha.

O chefe humanitário elogiou a sudanesa pela coragem em continuar a acreditar na humanidade, apesar da violência e brutalidade do mundo, e afirmou recusar-se a “acreditar que ela está errada”.

Aumento da insegurança

A Organização Internacional para as Migrações, OIM, estima que 185 pessoas fugiram da capital de Kordofan do Sul, Kadugli, devido ao aumento da insegurança. Elas mudaram-se para áreas nas localidades de Abu Zabad, na zona ocidental, e Sheikan, na zona norte.

Somente em Darfur, a Rede de Médicos do Sudão reportou que cerca de 19 mil pessoas estão isoladas pelas RSF, incluindo milhares de civis, em condições severas de detenção.

O Ocha voltou a pedir o fim dos ataques contra civis e a proteção e respeito pelo direito internacional humanitário. O escritório reiterou que o acesso humanitário seguro e sem qualquer entrave deve ser garantido nas áreas afetadas.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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