Este 12 de agosto é o Dia Internacional para a Cooperação Sul-Sul e o tema deste ano é novas oportunidades e inovações.

Em mensagem para celebrar a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que em um mundo cada vez mais multipolar, os países em desenvolvimento demonstram notável resiliência e engenhosidade.

Aprendizado compartilhado

O líder da ONU destacou que essas nações estão construindo soluções “com base no respeito mútuo, no aprendizado compartilhado e em um propósito comum”.

Guterres definiu a Cooperação Sul-Sul como um “catalisador para o multilateralismo revigorado” e pediu que países desenvolvidos ajudem a combater “crescentes desigualdades” na busca por um mundo mais inclusivo.

Na prática, a cooperação Sul-Sul é um processo por meio do qual países em desenvolvimento, independentemente de sua localização geográfica, buscam alcançar objetivos individuais ou compartilhados.

Isso é feito através da troca de conhecimentos, habilidades e recursos, em parcerias que envolvem governos, organizações regionais, sociedade civil, academia e setor privado.

A diretora do Escritório das Nações Unidas para Cooperação Sul-Sul, Unossc, Dima Al-Khatib

Recursos humanos e naturais ainda pouco explorados

Para apoiar esses esforços, a Assembleia Geral criou o Escritório das Nações Unidas para Cooperação Sul-Sul, Unossc, sediado pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, desde 1974.

Em entrevista exclusiva à ONU News, a diretora do órgão, Dima Khatib, destacou que os países do Sul Global possuem “um enorme potencial para impulsionar o desenvolvimento”.

Ela ressaltou que eles abrigam 80% da população mundial e são fonte de resiliência, inovação e recursos humanos e naturais ainda pouco explorados.

Esse conjunto de nações enfrenta múltiplas crises, incluindo o aumento das tensões geopolíticas, endividamento e exclusão digital, e lida com cortes crescentes no financiamento internacional por parte de países desenvolvidos.

Essa realidade está levando o grupo a recorrer cada vez mais à cooperação entre si, que se tornou “um dos meios mais importantes de prover financiamento ao desenvolvimento”, segundo Khatib.

Vista dos painéis solares que operam a bomba em um ponto de água em Yambio, Sudão do Sul

Áreas promissoras de cooperação

A chefe do Unossc disse que essa será uma “tendência crescente” à medida que a assistência oficial ao desenvolvimento diminui e esses países buscam alternativas. Segundo ela, a cooperação Sul-Sul e triangular tem se mostrado um método muito eficaz nesse contexto.

A cooperação triangular envolve dois ou mais países em desenvolvimento com o apoio de um país desenvolvido ou de uma organização multilateral para implementar programas e projetos.

Áreas de destaque nesse tipo de cooperação tem sido energia renovável, transformação digital, agricultura climaticamente inteligente, tecnologias verdes, finanças digitais e adaptação às mudanças climáticas.

Diante do clima internacional tenso, Khatib afirmou que a Cooperação Sul-Sul pode ser uma “força motriz” para renovar e fortalecer o multilateralismo, mas ressaltou que “nunca poderá substituir a cooperação entre todos os países”.

A diretora do Unossc acrescentou que não deve haver divisão entre países do Norte Global e do Sul Global. Ela afirmou que “é preciso construir pontes”, acrescentando que as Nações Unidas são a estrutura adequada para essa tarefa, já que “tratam todos os países em pé de igualdade”.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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