As Nações Unidas saudaram o anúncio de um cessar-fogo entre Irã e Israel, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em redes sociais, na madrugada desta terça-feira.

Também utilizando suas plataformas digitais, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a ambos os países que “respeitem integralmente o cessar-fogo”.

Moradores de Teerã

O líder das Nações Unidas afirmou que as ofensivas militares têm de acabar e que as pessoas dos dois países já sofreram muito com a situação. Guterres disse esperar, sinceramente, que o cessar-fogo seja estendido a outras partes da região do Oriente Médio.

Segundo agências de notícias, antes da suspensão das ofensivas ser confirmada, ambos os lados praticaram ataques, testemunhados por moradores de Teerã, capital do Irã.

A caminho da Europa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou a jornalistas que não estava contente com as quebras do cessar-fogo e pediu a Israel e Irã que respeitem a trégua.

O líder americano deve participar do encontro de cúpula da Organização para o Tratado do Atlântico Norte, Otan, na cidade de Haia, nos Países Baixos ou Holanda.

Unsplash/Hosein Charbaghi

Uma vista de Teerã, capital do Irã

Aiea defende novo acordo nuclear sólido

Ainda nesta terça-feira, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, conclamou o Irã a “retomar a cooperação” com a comunidade internacional sobre seu programa nuclear.

Rafael Mariano Grossi afirmou que a cooperação com a Aiea é fundamental para um acordo bem-sucedido.

Também utilizando um canal de rede social, Grossi contou que se ofereceu para se encontrar com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, para trabalharem juntos, “enfatizando que esta medida pode levar a uma solução diplomática” ao que ele chamou de uma longa controvérsia sobre o programa nuclear iraniano.

Número de vítimas

Uma contagem atualizada de vítimas, divulgada pelas autoridades iranianas, na terça-feira, indicou que 610 pessoas foram mortas, incluindo 49 mulheres e 13 crianças, desde 13 de junho, quando Israel iniciou o ataque ao país.

Há 4.746 feridos, incluindo 185 mulheres e 65 menores.

Cerca de 28 cidadãos israelenses foram mortos por ataques de mísseis iranianos até o momento.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU lembrou que os civis devem ser protegidos em todo o tempo.

De acordo com agências de notícias, o Irã afirmou ter transferido todos os detentos para fora da prisão de Evin após ter sido atingida por um ataque israelense, transferindo-os para outras prisões na capital a fim de reparar os danos. Mas não há confirmação ou detalhes sobre o ataque.

Preocupações do Conselho de Direitos Humanos

Na segunda-feira, especialistas independentes em direitos humanos reiteraram suas preocupações com o “uso pelo Irã de crimes de segurança nacional amplamente definidos, alguns dos quais puníveis com a morte”, no contexto de recentes relatos de execuções sob acusações de espionagem.

Na semana passada, a vice-chefe de direitos humanos da ONU, Nada Al-Nashif, disse ao Conselho de Direitos Humanos que pelo menos 975 pessoas foram executadas no Irã no ano passado – o maior número de execuções desde 2015.

Ela também informou o Conselho sobre o uso de tortura em prisões iranianas e os ataques contínuos contra minorias, jornalistas e defensores dos direitos humanos.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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