A missão da 3ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, realizada esta semana em Nice, na França, é salvar os oceanos para salvar o futuro.

Foi o que o secretário-geral da ONU descreveu a jornalistas na cidade francesa.

Destruição dos oceanos perto de um ponto de não retorno

António Guterres alertou que os mares estão se aproximando de um ponto crítico, para além do qual a recuperação pode se tornar impossível.

Ao se referir a “poderosos interesses” que estão destruindo os oceanos, o líder da ONU afirmou que “a ganância não pode ditar o destino do planeta” e que os países devem reivindicar esse espaço que é de todos.

Segundo Guterres, a ganância “semeia dúvidas, nega a ciência, distorce a verdade, recompensa a corrupção e destrói a vida em busca do lucro”. Para o chefe da ONU, é hora de parar de fingir que os abusos contra os oceanos não têm consequências.

Os mares produzem metade do oxigênio necessário para a respiração, nutrem milhões de pessoas, sustentam milhões de empregos e transportam mais de 80% do comércio global.

Ocean Image Bank/Amanda Cotto

Um cardume de peixes nada perto da Ilha Los Islotes, em La Paz, no México

Pesca sustentável e combate aos plásticos

Guterres destacou quatro prioridades para a Conferência em Nice. A primeira é uma transformação da pesca, com fiscalização mais rigorosa contra atividades ilegais, expansão de zonas protegidas e conservação de pelo menos 30% das áreas marinhas e costeiras até 2030.

Ele ressaltou que a pesca sustentável é a única opção para que as gerações futuras herdem oceanos repletos de vida.

A segunda é combater “a praga da poluição por plásticos”. Isto significa eliminar gradualmente os plásticos descartáveis, reformular sistemas de resíduos e impulsionar a reciclagem.

O secretário-geral insistiu que todos os países devem finalizar rapidamente a negociação de um tratado global ambicioso e juridicamente vinculante para acabar com a poluição plástica.

COP30 e Tratado de Alto Mar

Em terceiro lugar, ele destacou a inclusão dos mares na luta contra as alterações climáticas, até porque o oceano tem sofrido duros impactos do aquecimento global.

Guterres pediu planos climáticos nacionais ambiciosos na preparação para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, COP30, que será em Belém do Pará, no Brasil.

Ele fez um apelo para que esses planos incluam soluções climáticas baseadas no oceano, como a proteção dos manguezais, das algas marinhas e dos recifes de coral.

Como última prioridade, o chefe das Nações Unidas enfatizou a implementação do Acordo sobre a Biodiversidade Marinha em Áreas para Além da Jurisdição Nacional, também conhecido como Tratado de Alto Mar, aprovado em 2023.

Até o momento, 134 países assinaram e 49 ratificaram o acordo, incluindo 18 novas assinaturas e 18 ratificações só nesta segunda-feira. São necessárias 60 ratificações para a entrada em vigor. 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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