O instituto de pesquisa brasileiro Imazon, que utiliza tecnologia de ponta para combater o desmatamento na Amazônia, é um dos cinco vencedores do prêmio “Campeões da Terra” de 2025.
A distinção, anunciada nesta terça-feira, foi concedida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, na 7ª sessão da Assembleia Ambiental da ONU, Unea-7, que acontece em Nairobi, no Quênia.
Navio madeireiro no rio Amazonas
Alertas precoces para a proteção da floresta
O Imazon desenvolveu modelos de inteligência artificial para previsão do desmatamento, causado principalmente pela pecuária e pela exploração madeireira. O objetivo é criar alertas precoces, orientar políticas públicas e auxiliar as autoridades na proteção da floresta.
O pesquisador associado do Imazon, Carlos Souza Jr., explicou que nem o Brasil nem o mundo serão os mesmos sem a floresta amazônica.
“Se a Amazônia chegar num ponto de não retorno nós vamos ter vários impactos. Primeiro, a perda de biodiversidade. Segundo, a emissão de gases de efeito estufa, pois a Amazônia armazena muito carbono nas florestas e no subsolo.”
O instituto usa um mapa digital onde são lançados pontos amarelos, laranjas e vermelhos. Cada ponto representa um local onde o Imazon acredita que ocorrerá desmatamento, e cada cor indica o grau de risco, com base em dados de satélite e modelagem de inteligência artificial.
Uso da tecnologia ajudou a descobrir 99% dos casos de desmatamento ilegal
Em 2021, ano de lançamento do mapa, esses pontos ajudaram a identificar 15 mil km² de áreas florestais de alto risco, 71% das quais foram posteriormente preservadas.
Os dados também serviram de base para mais de 4,4 mil processos judiciais ambientais e ajudaram a descobrir 99% dos casos de desmatamento ilegal.
Carlos destacou a importância da tecnologia na defesa do meio ambiente.
“É uma mudança de paradigma significativa que a inteligência artificial, a computação em nuvem e os novos algoritmos permitem para que a gente tenha informações ainda mais precisas sobre o futuro próximo da Amazônia e tentar evitar estes cenários de destruição por desmatamento e degradação florestal.”
Ritaumaria Pereira no escritório do Imazon em Belém, Brasil
União da ciência com conhecimento ancestral
Os pesquisadores acompanharam a dinâmica do desmatamento na Amazônia de 1985 a 2024, para desenvolver uma ferramenta prática que permitisse à sociedade brasileira trabalhar em conjunto para evitar a destruição da Amazônia.
Outro foco da ONG é estimular o crescimento econômico sustentável na região. Isso envolve trabalho de campo com as comunidades locais para apoiar práticas sustentáveis e áreas florestais protegidas.
A entidade acredita na junção do conhecimento científico com o conhecimento ancestral local e a sabedoria dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
A pesquisa do Imazon demonstrou que a extração sustentável de madeira é possível e que as regulamentações de gestão florestal poderiam reduzir significativamente o impacto ambiental, mantendo os ganhos econômicos.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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