Na era da inteligência artificial “o discurso de ódio viaja mais rápido e mais longe do que nunca”. Esse foi o alerta do secretário-geral da ONU para marcar o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, celebrado no 18 de junho.

António Guterres afirmou que algoritmos tendenciosos e plataformas digitais estão “espalhando conteúdo tóxico e criando novos espaços para assédio e abuso”.

Capítulos mais sombrios da história humana

O líder da ONU defendeu uma cooperação internacional mais forte para combater o ódio online, conforme previsto no Pacto Digital Global, adotado pelos Estados membros da ONU na Cúpula do Futuro, em 2024.

Guterres também mencionou os Princípios Globais para a Integridade da Informação, lançados pela ONU no ano passado para apoiar a construção de um ecossistema de informações “mais seguro e humano”.

Ele enfatizou que o discurso de ódio é um “veneno” que abriu o caminho para violências e atrocidades durante os capítulos mais sombrios da história humana.

Segundo o secretário-geral, as minorias étnicas e religiosas muitas vezes sofrem o maior impacto, enfrentando discriminação, exclusão e danos.

Pessoas participam de manifestação contra o racismo

Convivência pacífica

Criada há 20 anos, a Aliança das Civilizações das Nações Unidas busca preencher a lacuna entre diferentes culturas, religiões e identidades.

O alto representante da entidade, Miguel Ángel Moratinos, falou à ONU News Árabe sobre as principais abordagens em prol da convivência pacífica entre os povos.

Ele explicou que a Aliança não trabalha apenas combatendo a discriminação com base em religião, mas também explorando o “aspecto cultural e religioso para facilitar a resolução e a prevenção de conflitos e criar meios para alcançar a paz”.

Plano para combater a islamofobia

Moratinos, que também é enviado especial para o Combate à Islamofobia, lembrou que a comunidade muçulmana representa quase um terço da humanidade, com 2,5 bilhões de pessoas.

O enviado afirma que a ONU é a melhor plataforma para lutar contra qualquer forma de discriminação ou atitude negativa aos islâmicos, e disse que está formulando um plano para combater a islamofobia.

A prioridade será frear o aumento do ódio anti-islâmico e que há preocupação com a evolução dessa forma de discriminação na África e na Ásia.

O alto representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Ángel Moratinos

Aumento do antissemitismo

Moratinos também é o ponto focal da Aliança das Civilizações para o combate ao antissemitismo.

Em janeiro deste ano ele anunciou um Plano de Ação da ONU para Reforçar o Acompanhamento e a Resposta ao Antissemitismo.

Ele lembrou que a ONU foi criada após o Holocausto, o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Segundo o enviado, os horríveis ataques de 7 de outubro de 2023 do grupo Hamas e outros movimentos armados palestinos contra Israel resultaram no maior assassinato de judeus num único dia desde o Holocausto.

Além disso, houve um crescimento de incidentes antissemitas contra pessoas e instituições judaicas na Europa e nos Estados Unidos.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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