Num novo relatório, o Fundo Monetário Internacional, FMI, analisa a rápida expansão dos stablecoins, como é conhecida a criptomoeda projetada para manter um valor estável.

A instituição multilateral avalia ainda a crescente integração com os mercados financeiros tradicionais e as implicações para pagamentos, inclusão financeira e estabilidade macroeconómica.

Crescimento e casos de uso

O documento descreve oportunidades associadas à inovação tecnológica, mas também desafios regulatórios e riscos sistémicos, sobretudo para economias emergentes.

Os stablecoins, concebidos para manter um valor estável por estarem maioritariamente indexados a moedas fiduciárias como o dólar dos Estados Unidos, registaram um aumento significativo de capitalização e volume de transações nos últimos dois anos.

Embora a maior parte da sua utilização continue associada à negociação de criptoativos, o FMI assinala um crescimento rápido dos fluxos transfronteiriços.

Riscos macrofinanceiros e estabilidade

Estes instrumentos podem reduzir custos e tempos nos pagamentos internacionais e nas remessas, atualmente dependentes de sistemas bancários complexos e onerosos.

Outra vantagem é contribuir para uma maior inclusão financeira em regiões com acesso limitado a serviços bancários tradicionais.

O relatório identifica riscos associados à volatilidade da confiança nos stablecoins e à qualidade dos ativos que os suportam, o que pode desencadear saídas rápidas e perturbações nos mercados financeiros.

ONU News/Daniel Dickinson

O FMI destaca também o risco de substituição monetária, em que empresas e particulares optam por stablecoins denominados em moeda estrangeira em detrimento da moeda nacional, limitando a capacidade dos bancos centrais de conduzir a política monetária e gerir fluxos de capitais.

Desafios regulatórios e cooperação internacional

A natureza digital e transfronteiriça destes instrumentos pode ainda facilitar a evasão de controlos de capitais e ser explorada para fins ilícitos se não existirem salvaguardas adequadas.

O FMI sublinha que a regulação dos stablecoins permanece desigual entre países, criando lacunas de supervisão e oportunidades de arbitragem regulatória.

A proliferação de sistemas não interoperáveis pode agravar a fragmentação dos pagamentos globais.

Modernização das infraestruturas

Face a estes desafios, o fundo defende uma abordagem coordenada a nível internacional, com normas claras, reforço da integridade financeira e melhor recolha de dados sobre fluxos transfronteiriços.

O relatório conclui que os stablecoins e a tokenização deverão continuar a evoluir, exigindo um equilíbrio entre inovação tecnológica, modernização das infraestruturas existentes e proteção da estabilidade do sistema financeiro global.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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