O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, WFP, alerta que milhões de pessoas na Somália correm o risco de agravamento da fome e subnutrição.

A agência teve que reduzir em mais de dois terços o número de pessoas que fornece assistência alimentar vital de emergência devido a grave escassez de financiamento.

Resposta insuficiente

Em agosto, o WFP forneceu assistência alimentar vital de emergência a 1,1 milhão de pessoas, em novembro o número de pessoas que receberam caiu para apenas 350 mil, ou seja, menos de 1 em cada 10 pessoas que necessitam da assistência para sobreviver.

O diretor de Preparação e Resposta a Emergências do WFP, Ross Smith, alertou sobre um aumento perigoso dos níveis de fome de emergência e a diminuição da capacidade de resposta da agência a cada dia.

Ele declarou que sem financiamento urgente, as famílias já pressionadas ficarão sem nada quando mais precisam.

O último relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar dá conta que 4,4 milhões de pessoas na Somália enfrentam nível crítico de insegurança alimentar ou pior, cerca de 1 milhão dos quais estão em níveis de fome de emergência. O número aumentou 50% em apenas seis meses.

Uma mulher com seu filho de um ano, que está sendo tratado por desnutrição em Dollow, Somália. Mais 4,4 milhões de pessoas em todo o país correm o risco de cair na fome e na desnutrição

Linha vital

1,8 milhões de crianças menores de cinco anos estão gravemente subnutridas e 421 mil sofrem de subnutrição grave.

Com as reduções ao nível dos programas de nutrição,, apenas 180 mil crianças ainda estão a receber tratamento nutricional.

O WFP estima em US$ 98 milhões a ajuda urgente para sustentar um mínimo de operações que salvam vidas de 800 mil pessoas até março de 2026, conhecida como época de escassez, lembrando que sem financiamento adicional urgente, as reduções podem agravar-se na medida que as necessidades humanitárias continuam a crescer.

Segundo a agência, a crise de fome desenrola-se num contexto frágil e em rápida evolução, onde até os mais pequenos choques podem ter consequências arrasadoras para as famílias e comunidades.

Operação de resposta

Este ano, os efeitos combinados da seca severa, do conflito e da redução da assistência humanitária empurraram rapidamente as famílias mais vulneráveis ​​para níveis de insegurança alimentar de emergência e a tendência pode levar os mais afetados a condições catastróficas se medidas urgentes não forem tomadas.

O WFP  lidera a maior operação humanitária na Somália, apoiando mais de 90% da resposta à segurança alimentar.

Uma linha vital agora em risco devido as crescentes restrições de financiamento que obrigaram reduzir a cobertura mensal para metade, se comparado ao ano anterior.

 

* Amatijane Candé, correspondente da ONU News em Bissau, com informações da WFP.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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