A diretora-geral da Organização Internacional para Migrações, OIM, esteve em contato com líderes de governo em Moçambique nos últimos três dias. Esta semana, Amy Pope visitou funcionários e parceiros humanitários locais atuando para apoiar as famílias afetadas pela violência no norte.

Ataques de grupos armados levaram ao deslocamento de mais de 100 mil pessoas nas últimas duas semanas em Nampula, a província mais populosa do país. Acima de 600 mil moçambicanos ainda vivem longe dos seus lares após fugirem da violência, da insegurança e dos choques climáticos.

Novo entendimento da situação

A chefe da OIM disse terem sido inspiradoras as manifestações de resiliência e de esperança que guiaram todas as conversas mantidas em Moçambique.  Ela disse que, quando em visita ao terreno, ganhou uma nova compreensão da situação após ter estado com famílias que foram desalojadas.

Pope disse deixar Moçambique com uma simples mensagem de que quando as pessoas se sentem seguras, que estão incluídas nos processos e que são apoiadas transformam os desafios em oportunidade. Ela disse que a orientação em criar futuros para si mesmas e para seus filhos é uma inspiração para todos.

A chefe da OIM defendeu que parcerias guiem a busca pela resiliência e a necessidade urgente de soluções que garantam a segurança das pessoas e protejam sua dignidade diante do deslocamento e dos impactos climáticos.

Melhores habitações

Em nota separada, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, disse que os desalojados carecem de melhores condições de habitação, acesso à água, saneamento e outros serviços.

Em nota separada, a representante do Unicef em Moçambique, Mary Louise Eagleton, disse que à resposta humanitária está chegando ao seu limite em um momento muito perigoso para as crianças.

A representante ressaltou um cenário de grande deslocamento e o alto risco de ciclones arrasadores esperados para os próximos meses. Para Eagleton, os cortes no financiamento ameaçam a capacidade de responder às necessidades mais urgentes, sendo necessário oferecer apoio adicional para os esforços coletivos.

Direitos da criança

Em relação à recente onda de deslocamento, ela disse que o aumento no número de crianças forçadas a fugir leva as famílias a condições de desespero num contexto de sobrecarga de serviços essenciais como saúde, educação, proteção infantil, água, saneamento e higiene.

A agência pede o fim imediato dos ataques e das graves violações dos direitos das crianças. O Unicef destaca que estes abusos acontecem num contexto mais amplo de vulnerabilidade, no qual estão ameaçados os direitos das crianças à vida, à proteção, ao desenvolvimento, à educação e à saúde.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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