Pelo menos 123,2 milhões de pessoas continuam deslocadas à força no mundo.  Um novo relatório da Agência das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, revela que a proporção é de um desalojado em cada 67 habitantes do planeta.

O aumento de 7 milhões no ano passado, ou 6%, em comparação com o final de 2023 segue a tendência de 13 anos de subida de deslocados em todo o mundo.

Síria

Na Síria, que tinha a maior crise de deslocamento do mundo, houve uma mudança de cenário após a queda do regime de Bashar al-Assad pelas forças da oposição. Cerca de 500 mil refugiados e 1,2 milhão de deslocados internos retornaram à casa.

Desafios contínuos enfrentados pelos repatriados incluem exemplos de haitianos deportados

O Acnur ressalta que a queda global do número de refugiados em 2024 reflete estimativas mais baixas de afegãos e a atualização de dados sobre ucranianos em busca de abrigo.

Mas o número de sudaneses aumentou em quase 600 mil para chegar aos atuais 2,1 milhões, o novo recorde global. No total, um terço de toda a população do Sudão vive a maior crise de deslocamento interno já registrada na nação africana.

8,4 milhões de candidatos a asilo

O número global de requerentes de asilo em 2024 chegou a 8,4 milhões, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. São pessoas que buscam proteção em outro país devido à perseguição ou ao medo de sofrer algum dano em sua terra natal.

O informe do Acnur caracteriza deslocamentos “insustentavelmente altos”, mas também contém “raios de esperança”, apesar do impacto imediato dos cortes de ajuda financeira em nível mundial neste ano.

O alto comissário para Refugiados, Filippo Grandi, diz que o mundo vive “em um momento de intensa volatilidade nas relações internacionais, com a guerra atual criando um cenário frágil e angustiante, marcado por intenso sofrimento humano”.

Mianmar figura entre os conflitos prolongados que movimentaram 73,5 milhões em seus territórios

O total de 123,2 milhões de deslocados representa o maior número da década. Os conflitos prolongados também acontecendo no Sudão, em Mianmar e na Ucrânia levaram 73,5 milhões de pessoas a fugir para se abrigar dentro de seus próprios países.

Afegãos e haitianos

O Acnur calcula que dos 42,7 milhões de refugiados que vivem fora de casa. Destes, cerca de 73% estão abrigados em países de baixa e média rendas, e 67% em nações vizinhas.

O relatório destaca ainda o retorno de 8,2 milhões de deslocados internos aos seus lares no que representa o segundo maior número registrado em um único ano. Os desafios contínuos enfrentados pelos repatriados incluem exemplos de afegãos e haitianos deportados de países de acolhimento.

Para o Acnur, os retornos devem ser voluntários e e que seja preservada a dignidade e a segurança na chegada às áreas de origem. Para isso, a agência recomenda a consolidação da paz a longo prazo e pede mais avanços no desenvolvimento sustentável.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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