A resposta global ao HIV sofreu seu maior revés em décadas, alerta um novo relatório nesta terça-feira, divulgado às vésperas do Dia Mundial da Luta contra a Aids de 2025.
O relatório “Superando a Ruptura, Transformando a Resposta à Aids” expõe os efeitos em longo prazo da redução de fundos, da falta de solidariedade global e seu impacto em países de baixa e média rendas profundamente afetados pelo vírus. O levantamento foi feito pelo Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids.
Brasil
O estudo cita o acordo entre Ministros da Saúde das maiores economias do mundo nas reuniões do G20 em 2024. Nelas, a presidência do Brasil formou uma aliança global pelo acesso mais equitativo às tecnologias de saúde.
Reduções repentinas na assistência internacional para o HIV em 2025 agravaram as já existentes carências de financiamento
Para a agência da ONU, essa decisão impulsionou a criação de capacidades locais e regionais para se desenvolver e produzir vacinas, medicamentos e diagnósticos inovadores.
A diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyma, disse que o novo relatório contém pormenores sobre as consequências arrasadoras de cortes de financiamento abruptos internacionais de muitos doadores internacionais.
Ecossistema complexo
A representante disse que essas medidas provocaram choques pelos países de renda baixa e média gravemente afetados por HIV. A chefe da Unaids listou desde o choque abrupto com cortes dos Estados Unidos em fevereiro e como a resposta ficou afetada pelo ecossistema complexo que apoia os serviços de combate ao vírus em milhares de pacientes em países de rendas baixa e média.
Segundo ela, várias clínicas fecharam sem qualquer aviso prévio, milhares de trabalhadores de saúde perderam empregos ou salários e até ficaram sem serviços de tratamento.
As reduções repentinas na assistência internacional para o HIV em 2025 agravaram as já existentes carências de financiamento. Estimativas da Organização para a Cooperação para o Desenvolvimento Econômico, Ocde, revelam que a assistência externa à saúde deverá cair entre 30% e 40% em 2025 em comparação com 2023.
Ajuda externa à saúde deverá cair entre 30% e 40% em 2025
A queda causará uma interrupção imediata e ainda mais grave nos serviços de saúde em países de baixa e média rendas.
Organizações lideradas por mulheres
Os efeitos na fragilização incluem demissões em organizações comunitárias lideradas por homens gays e outros homens que fazem sexo com homens em Moçambique, Quénia e Vietnã de terço a quase toda a equipe clínica.
Angola e ESwatini reduziram ou cortaram completamente serviços de extensão comunitária devido a cortes de financiamento.
Nos contextos estudados, mais de 60% de entidades contra o HIV lideradas por mulheres perderam fundos ou foram forçadas a suspender programas essenciais. Comunidades inteiras perderam acesso aos serviços essenciais.
Fatores positivos
Até 2030, cerca de US$ 21,9 bilhões serão necessários por ano para atingir as metas globais de HIV em países de baixa e média renda. Por ano, o custo de uma resposta global sólida e eficaz caiu US$ 7,4 bilhões dos US$ 29,3 bilhões em 2021.
A pesquisa revela ainda fatores positivos tais como reduções nos preços de medicamentos antirretrovirais, validação e ampliação de regimes de tratamento simplificados.
O combate ao vírus viu melhorar ainda os modelos de prestação de serviços, as abordagens para atuação de forma eficaz com base no risco de HIV e o acesso de vários países ao status de alta renda.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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