Com o setor humanitário “subfinanciado, sobrecarregado e literalmente sob ataque”, à medida que as crises continuam em Gaza, no Sudão e em outros lugares, o apoio internacional é mais necessário do que nunca.

A declaração é do coordenador de Assistência Humanitária da ONU, Tom Fletcher.

Solidariedade global

Ele apresentou o balanço anual do setor, conhecido como parte do Segmento de Assuntos Humanitários do Conselho Econômico e Social, Ecosoc, na quarta-feira.

O órgão da ONU reúne Estados-membros e agências, parceiros humanitários e de desenvolvimento, bem como o setor privado e as comunidades afetadas.

Tom Fletcher contou que o tema deste ano é renovar a solidariedade global pela humanidade, o que segundo ele, “não poderia ser mais urgente”.

Ao se dirigir aos participantes, ele disse que as pessoas assistidas pelo Escritório da ONU, Ocha, precisam da comunidade internacional agora.

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Alimentos apodrecendo na fronteira

O subsecretário-geral lembrou que este é um momento de conflito, de política transacional, egoísmo, divisão e polarização. E a solidariedade global e o financiamento estão em queda.

Fletcher afirmou que o Oriente Médio “oscila à beira de uma guerra mais ampla” enquanto pessoas em Gaza morrem de fome mesmo com carregamentos de alimentos apodrecendo nas travessias de fronteira.

Ele citou o caso do Afeganistão, onde meninas são proibidas de estudar, e do Sudão, onde muitas mulheres são vítimas de violência sexual no conflito.

Fletcher lembrou da violência de gangues no Haiti, onde as pessoas são aterrorizadas, e criticou a falta de ação contra a crise climática.

O chefe do Ocha elogiou os trabalhadores humanitários que correm risco até de morte para levar ajuda e socorro.

Há seis meses, ele lançou um apelo de US$ 44 bilhões para alcançar 190 milhões de pessoas em todo o mundo este ano.

Milhares de refugiados chegam ao Chade vindos do Sudão

Setor privado e mulheres no comando

Para ele, “este não é apenas um pedido de dinheiro, é claro. É um pedido de responsabilidade global, de um compromisso compartilhado para acabar com o sofrimento”.

Tom Fletcher disse que o Ocha irá buscar novos aliados, novas fontes de financiamento para um pacto humanitário ousado.

Além disso, o fórum de coordenação humanitária de mais alto nível da ONU – o Comitê Permanente Interagências (Iasc) – expressou o compromisso inequívoco de que mulheres e meninas devem liderar a redefinição humanitária.

O Conselho Econômico e Social, Ecosoc, é um dos seis principais órgãos da ONU.

Desde 1998, realiza o Segmento de Assuntos Humanitários para fortalecer a coordenação e a eficácia dos esforços humanitários da ONU.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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