Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança realizou um debate sobre a crise gerada pela piora do conflito na República Democrática do Congo, RD Congo, e a ação da Missão da ONU no país, Monusco.
O subsecretário-geral para as Operações de Manutenção de Paz, Jean-Pierre Lacroix, descreveu “um momento crítico” vivido em território congolês. Para ele, é essencial que o órgão “faça tudo o que estiver ao seu alcance para criar as condições necessárias” para que a operação de paz possa desempenhar o seu papel.
Crescentes expectativas
O chefe das Operações de Paz destacou a necessidade de garantir a proteção de civis, ao mesmo tempo que são atendidas “as crescentes expectativas relacionadas ao papel da Monusco no apoio aos esforços de paz em curso”.
Lacroix considera também vital que os Estados-membros do Conselho assegurem que a missão receba os recursos necessários para cumprir as responsabilidades essenciais e o mandato da Monusco.
Após a declarada tomada da cidade de Uvira, na província oriental do Kivu do Sul, em 9 de dezembro, Lacroix lembrou que suas operações já não cobriam a área afetada antes da ação rebelde. Registram-se avanços de grupos como AFC e M23 no território, que contam com o suposto apoio das Forças de Defesa de Ruanda.
Milhares de pessoas chegaram ao Burundi depois de fugirem da violência na República Democrática do Congo
Baixas militares e civis
A grande escalada militar acontece poucos dias após a assinatura dos Acordos de Washington entre o Ruanda e a RD Congo. Forças congolesas, juntamente com as forças burundesas e as milícias locais Wazalendo, teriam participado em confrontos de grande escala, envolvendo o uso de artilharia pesada e poder aéreo.
Estes episódios resultaram em baixas militares e civis, na destruição de infraestruturas e num deslocamento populacional significativo, incluindo para os vizinhos Burundi e Ruanda.
Diante de uma situação que se apresenta como “alarmante” em temos humanitários, Lacroix sublinhou que a Monusco continua realizando um trabalho de proteção essencial, apesar das severas restrições.
Ambulâncias paradas sob a mira de armas
Na reunião do Conselho também participou o presidente internacional da ONG Médicos Sem Fronteiras, MSF. Javid Abdelmoneim apelou ao Conselho para que pondere a resposta a esta crise em favor de uma proteção mais efetiva dos civis.
Segundo ele, instalações e profissionais de saúde não são poupados: ambulâncias foram paradas sob a mira de armas. Grupos armados invadiram instalações médicas, ameaçando e aterrorizando pacientes e funcionários do setor.
Muitos sobreviventes buscam serviços de saúde tarde demais para receber tratamento preventivo. Tantos outros pacientes sequer chegam a receber qualquer tipo de atendimento.
O profissional médico expôs um “sistema de saúde em colapso sob o peso combinado da violência, da negligência crônica, do deslocamento em massa, dos cortes na ajuda humanitária e do surgimento de administrações paralelas”.
O Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Ocha, estima que mais de meio milhão de pessoas foram deslocadas com o agravamento do conflito congolês desde 2 de dezembro.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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