Chuvas extremas provocaram inundações arrasadoras em vários países da Ásia, causando centenas de mortes, deslocando comunidades inteiras e gerando avultados prejuízos econômicos.
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, acompanha a situação e, através do seu Mecanismo de Coordenação, WCM, tem fornecido análises e aconselhamento técnico para apoiar a resposta humanitária.
Eventos extremos impulsionados por monções e ciclones
Países como Indonésia, Filipinas, Sri Lanka, Tailândia e Vietname estão entre os mais afetados por uma combinação de precipitação intensa relacionada às monções e atividade ciclônica.
A OMM recorda que a Ásia é uma das regiões mais vulneráveis a cheias, com o aumento das temperaturas a intensificar o risco de precipitação extrema.
Em mensagem enviada ao Comité de Tufões, a secretária-geral da organização, Celeste Saulo, declarou que a região enfrenta “a atividade ciclônica mais intensa e frequente do mundo”. Ela alertou que nenhum país pode enfrentar estes fenômenos sozinho.
O WCM tem fornecido informações especializadas, incluindo perspetivas climáticas sazonais e alertas sobre precipitação extrema, ventos fortes, trovoadas intensas e riscos de cheias repentinas em diversos países.
Indonésia e Vietname registam impactos devastadores
Na Indonésia, o Ciclone Tropical Senyar desencadeou cheias e deslizamentos de terra em larga escala na ilha de Sumatra. Segundo dados oficiais atualizados nesta terça-feira, registaram-se 604 mortos, 464 desaparecidos e cerca de 2,6 mil feridos.
Aproximadamente 1,5 milhões de pessoas foram afetadas e mais de 570 mil deslocadas pelo mau tempo. Cinquenta distritos sofreram danos, incluindo cerca de 28 mil habitações e centenas de infraestruturas públicas e pontes.
No Vietname, chuvas excecionais nas últimas semanas provocaram inundações severas em várias províncias do centro e do sul do país. Entre 16 e 22 de novembro, foram atingidos níveis históricos em vários rios, resultando em cheias de grande dimensão.
Filipinas, Sri Lanka e Tailândia também gravemente atingidos
As autoridades contabilizam 98 mortos, 10 desaparecidos e danos significativos na economia, sobretudo na agricultura.
As Filipinas ainda recuperam dos tufões Kalmaegi e Fung-Wong, que em novembro afetaram milhões de pessoas e provocaram mais de 220 mortes.
No Sri Lanka, o Ciclone Ditwah deixou quase 1 milhão de afetados e mais de 400 mortos ou desaparecidos, após precipitação recorde e deslizamentos de terra. A ONU ativou mecanismos de coordenação de emergência para apoiar a resposta nacional.
Na Tailândia, cheias em 12 províncias do sul causaram pelo menos 162 mortes e afetaram mais de 3,8 milhões de pessoas.
OMM reforça mecanismos de previsão e alerta precoce
Além do trabalho do WCM, a OMM presta apoio técnico através de vários programas regionais de previsão de tempo severo e sistemas avançados de previsão de cheias repentinas usados em dezenas de países.
A agência da ONU salienta que o reforço dos sistemas de alerta precoce, pilar da iniciativa global “Early Warnings for All”, é essencial para reduzir perdas humanas e económicas.
Esforços de longo prazo incluem capacitação técnica, melhoria das infraestruturas de monitorização e cooperação entre serviços meteorológicos nacionais.
A OMM afirma que continuará atuando com parceiros dos campos científico, humanitário e financeiro para fortalecer a capacidade de antecipação e resposta a eventos climáticos extremos, que deverão tornar-se mais frequentes num clima em mudança.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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