Começam, neste 5 de agosto, em Genebra, as negociações para finalizar um tratado global de combate à crise de resíduos plásticos e seu impacto na saúde humana, na vida marinha e na economia.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, defende que se um acordo internacional não for firmado a poluição plástica poderá triplicar até 2060 causando danos significativos, inclusive à saúde humana.
Instrumento internacional juridicamente vinculativo
As primeiras negociações surgiram após uma decisão tomada em 2022 pelos Estados-membros. A previsão era que, em até dois anos de reuniões, fosse criado um instrumento internacional juridicamente vinculativo pelo fim da crise plástica, inclusive no ambiente marinho.
Objetivo do acordo é abranger todo o ciclo de vida dos plásticos
A substância está presente em produtos descartáveis desde em canudos, copos e misturadores, até sacolas plásticas e cosméticos contendo microesferas que acabam em oceanos e aterros sanitários.
Petróleo bruto e gás natural
Os defensores compararam o possível tratado ao Acordo Climático de Paris em termos de importância.
Para eles, existe uma “suposta pressão exercida contra o acordo pelos Estados, cujo petróleo bruto e gás natural fornecem os componentes básicos dos plásticos.
A diretora executiva do Pnuma, Inger Andersen, disse que não basta a reciclagem para sair da crise da poluição plástica, mas sim “uma transformação sistêmica para alcançar a transição para uma economia circular.”
O objetivo do acordo é abranger todo o ciclo de vida dos plásticos, desde o design até a produção e o descarte.
A meta é promover uma economia circular do plástico e evitar o vazamento de produtos com a substância no meio ambiente, segundo o texto que orienta as negociações do Comitê Intergovernamental de Negociação.
Substância está presente em produtos descartáveis desde em canudos, copos e misturadores, até sacolas plásticas e cosméticos
Com 22 páginas, o documento do INC contém 32 rascunhos de artigos em discussão linha por linha. O texto foi elaborado para moldar o futuro instrumento jurídico e servirá como ponto de partida para as negociações.
Delegações de 179 países
No período entre 5 e 14 de agosto, as delegações de 179 países devem analisar o documento com outros mais de 1,9 mil participantes de 618 organizações observadoras, incluindo cientistas, ambientalistas e representantes da indústria.
A reunião deverá compartilhar formas já verificadas e comprovadas de reduzir o uso de plástico, como substitutos não plásticos e alternativas mais seguras.
Antes das sessões, a revista especializada The Lancet publicou um alerta alertando que os materiais usados nos plásticos causam um grupo amplo de doenças “em todas as fases do ciclo de vida do plástico e em todas as fases da vida humana”.
Mais de 20 especialistas em saúde citados no texto defendem que bebês e crianças pequenas são particularmente vulneráveis.
Perigo grave, crescente e pouco reconhecido
A publicação alerta para o perigo grave, crescente e pouco reconhecido dos plásticos para a saúde humana e planetária ao gerar “perdas econômicas relacionadas à saúde que excedem US$ 1,5 trilhão anualmente”.
As negociações em Genebra são lideradas pela secretária executiva do Comitê Intergovernamental de Negociação, INC, Jyoti Mathur-Filipp.
Para ela, cabe aos Estados-membros chegar a um consenso e compromisso para gerar um instrumento que seja impactante e permita um maior desenvolvimento em linha com as demandas do mundo.
Jyoti Mathur-Filipp acredita que o que importa é manter o foco no objetivo de garantir um futuro livre de poluição plástica que permita que todos prosperem.
Com o início dos trabalhos do INC-5.2, o apelo a todas as nações é para que ouçam as vozes das partes interessadas e criem um instrumento, para e influenciado pelas pessoas, que ajude a concretizar o direito amplo a um ambiente seguro e saudável.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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