Nesta quarta-feira, especialistas do Mecanismo Internacional de Peritos Independentes da ONU para o Avanço da Justiça Racial e da Igualdade na Aplicação da Lei* pediram para a Bélgica confrontar estas situações.

Racismo sistêmico, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata são citados em relatório colocando as vítimas como africanos e afrodescendentes, bem como pessoas tidas como “estrangeiras”, sem excluir belgas e nascidos no país europeu. 

Legados do passado colonial

Desde 2 de junho, os especialistas Tracie Keesee e Victor Rodriguez visitaram a capital belga, Bruxelas, e locais como Namur, Charleroi, Antuérpia e Mechelen.

O apelo feito à Bélgica é para que “tome medidas concretas para abordar os legados de seu passado colonial” e combata práticas como “racismo generalizado e sistemático que ainda permeia a nação nos dias de hoje”.

Especialistas independentes da ONU pediram para a Bélgica confrontar desafios do racismo

O problema está no seio de “todos os setores da sociedade, incluindo a aplicação da lei e o sistema de justiça criminal”, segundo Keesee. 

Para ela trata-se de um legado da escravidão e do colonialismo, cujos impactos duradouros continuam a ser sentidos atualmente.  

Desvios e complexidades políticas

Em declarações, a especialista acrescentou que a Bélgica deve “continuar a tomar medidas concretas em direção à justiça reparadora, confrontando os legados de sua história, com a participação efetiva das comunidades afetadas.”

Membros das comunidades contactadas pediram para “ser tratados como humanos” afirmando que “nada mudou e nada está mudando, que desvios e complexidades políticas são usados ​​para impedir o compromisso com uma mudança real”.

O mecanismo apurou a superlotação nas prisões, onde observou o encarceramento desproporcional de africanos, afrodescendentes e pessoas de origem estrangeira. O grupo apontou haver prisões usadas para detenção administrativa de migrantes e como centros para tratamento de saúde mental.

A visita incluiu encontros com o governo e instituições como polícia, ministérios e autoridades federais, regionais, municipais além de órgãos especializados bem como representantes de entidades de defesa de direitos humanos. 

*Os especialistas trabalham voluntariamente, não são funcionários da ONU e nem recebem salário. 

*Os relatores de direitos humanos são independentes das Nações Unidas e não recebem salário pelo seu trabalho.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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