Quase um ano após o acordo de cessar-fogo entre o Líbano e Israel, os ataques militares de forças israelenses continuam aumentando. O resultado tem sido a morte de civis e a destruição de bens no Líbano, ao lado de ameaças alarmantes de uma ofensiva mais ampla e intensificada.

De acordo com o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Thameen Al-Kheetan, os ataques das forças armadas israelenses resultaram na morte de, pelo menos, 127 civis no Líbano.  Os dados correspondem ao período desde que o  cessar-fogo entrou em vigor, a 27 de novembro de 2024, até 24 de novembro deste ano.

Pessoas fugindo dos ataques aéreos israelenses no Líbano cruzam a fronteira de Jdeidet Yabous para a Síria (outubro de 2024)

Destruição de infraestruturas e vítimas civis

Num dos mais recentes ataques fatais, pelo menos 13 civis, incluindo 11 crianças, foram mortos. Até seis civis ficaram feridos na semana passada num ataque israelense ao acampamento de Ein El-Hilweh, que acolhe palestinos perto de Sidon.

As vítimas documentadas eram civis, deixando preocupações sobre possíveis violações do direito internacional humanitário por parte das forças armadas israelenses.

O porta-voz do Alto Comissariado da ONU pede investigações rápidas e imparciais sobre o ataque a Ein El-Hilweh, e sobre todos os outros incidentes, tanto antes como depois do cessar-fogo.

Para além de causarem vítimas, as incursões israelenses no Líbano destruíram e danificaram infraestruturas civis, incluindo habitações, estradas, fábricas e estaleiros de construção. A situacão prejudica os esforços de reconstrução e as tentativas de deslocados internos de regressarem às suas casas no sul libanês.

Muros de concreto em forma de T erguidos pelas Forças de Defesa de Israel, IDF, perto de Yaroun, no sul do Líbano

Desafios no regresso dos deslocados

Mais de 64 mil pessoas, na sua maioria residentes do sul do Líbano, continuam deslocadas em outras partes do país. Israel começou a construir um muro que atravessa o território, tornando uma área significativa inacessível à população, afetando assim o direito das pessoas de regressarem às suas terras.

A agência revelou que todos os deslocados internos devem poder regressar às suas casas, e a reconstrução deve ser apoiada, não prejudicada.

Para o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, é urgente que ambas partes demonstrem o seu compromisso em cumprir o cessar-fogo de boa-fé, e que as violações do direito internacional dos direitos humanos e humanitário devem ser responsabilizadas.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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