A Assembleia Geral da ONU realizou nesta quinta-feira um evento de alto nível para enfatizar que o colonialismo e suas consequências ainda precisam ser combatidos.
O encontro marca o Dia Internacional contra o Colonialismo em Todas as Suas Formas e Manifestações, celebrado, pela primeira vez, neste 14 de dezembro.
Marcas de “um mundo de impérios”
A secretária-geral adjunta para Apoio à Consolidação da Paz, Elizabeth Spehar, pediu mais esforços por um mundo “onde o poder seja compartilhado, e não monopolizado” e onde a liberdade não seja um privilégio, mas um direito universal.
Transmitindo a mensagem do secretário-geral da ONU, ela disse que “os vestígios do colonialismo persistem, não apenas nos mapas, mas na arquitetura do poder global”.
Spehar enfatizou que o Conselho de Segurança, o sistema financeiro internacional e outros pilares da governança global “carregam a marca de um mundo que não existe mais, ‘um mundo de impérios’ não de iguais”.
Apoio à autodeterminação
Em 1960, a Assembleia Geral adotou uma declaração histórica afirmando que o colonialismo deveria acabar. O texto contava com apoio de vários países asiáticos e africanos, incluindo 17 territórios que haviam conquistado a independência e se juntando às Nações Unidas naquele mesmo ano.
Desde então a ONU ajudou mais de 60 territórios, onde viviam cerca de 80 milhões de pessoas, a buscar a autodeterminação e a se tornarem Estados independentes.
Os eleitores do que era anteriormente conhecido como Togolândia Francesa, na África Ocidental, celebram a eleição de uma nova Câmara de Deputados em 1958, um passo em direção à independência do Togo
A atual composição de 193 Estados-membros é, em grande parte, o legado desse processo. A secretário-geral adjunta enfatizou que esse legado está “inacabado”, pois ainda existem 17 territórios não autônomos.
“Injustiça que moldou fronteiras”
A presidente da Assembleia Geral afirmou que o 65º aniversário da Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais é uma oportunidade de lembrar que a descolonização é uma responsabilidade de toda a comunidade internacional.
Annalena Baerbock ressaltou que não é possível desfazer o que aconteceu no passado, mas é crucial “identificar e reconhecer a injustiça”.
Ela adicionou que essa injustiça “moldou fronteiras, dividiu comunidades inteiras, alimentou conflitos e consolidou desigualdades cujas consequências permanecem até hoje”.
A líder da Assembleia Geral afirmou que a proclamação do Dia Internacional contra o Colonialismo leva adiante a responsabilidade assumida na Declaração de 1960.
Para ela, essa responsabilidade é “especialmente urgente” levando-se em conta que desafios globais como mudança climática, fragilidade econômica e acesso limitado a recursos impõem “pressão adicional” sobre muitas sociedades previamente colonizadas.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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