Nesta segunda-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, revelou que “está pronta para responder a qualquer emergência nuclear ou radiológica em até uma hora” na sequência dos ataques ente Israel e Irã.
O diretor-geral da agência da ONU, Rafael Mariano Grossi, falou ao Conselho de diretores da Aiea em reunião de emergência na sequência dos ataques a instalações nucleares iranianas que marcaram a escalada ao conflito em andamento.
Número de mortos
Agências de notícias informaram que o número de mortos registrados por ataques do Irã a Israel chega a 24. Já as autoridades de saúde iranianas relataram pelo menos 224 vítimas fatais de ataques israelenses.
Na sexta-feira, Grossi já tinha informado ao órgão da Aiea e ao Conselho de Segurança que a agência “está monitorando a situação com muita atenção com um Centro de Incidentes e Emergências funcionando 24 horas” desde o início dos ataques israelenses.
A operação da Aiea verifica a situação das instalações nucleares iranianas e o nível de radiação em pontos relevantes por meio da comunicação constante com as autoridades iranianas.
O alvejamento da Usina de Enriquecimento de Combustível de Natanz destruiu a parte aérea da Usina Piloto de Enriquecimento de Combustível na sexta-feira afetando um dos locais onde “o Irã produzia urânio enriquecido até 60% de U-235”.
Infraestrutura elétrica
Grossi disse que a infraestrutura elétrica da instalação também foi danificada, que incluía uma subestação elétrica, um prédio principal de fornecimento de energia elétrica e geradores de emergência e de reserva.
Ele afirmou ser possível que “isótopos de urânio contidos em hexafluoreto de urânio, UF6, fluoreto de uranila e fluoreto de hidrogênio estejam dispersos dentro da instalação”. A radiação, composta principalmente por partículas alfa, representa “um perigo significativo se inalada ou ingerida”.
Grossi acredita que o risco pode ser “gerenciado de forma eficaz” com o uso de proteção respiratória na instalação e outras salvaguardas. O principal perigo é a toxicidade química dos compostos de UF6 e flúor formados em contato com a água.
Outras usinas
O informe do chefe da Aiea sublinha que não houve indícios de ataque físico ao complexo subterrâneo em cascata em Natanz. No local abrigando a principal usina de enriquecimento de combustível iraniana, a perda de energia elétrica pode ter danificado as centrífugas instaladas.
Sobre outras usinas, Grossi afirmou que não houve danos nos complexos de enriquecimento de combustível de Fordow, no reator de água pesada de Khondab, em construção, na usina nuclear comercial de Bushehr ou no reator de pesquisa de Teerã.
Já em Isfahan, Grossi disse que quatro prédios foram danificados, incluindo um laboratório químico, uma usina de conversão de urânio, uma unidade de fabricação de combustível e uma unidade de processamento em construção.
Em todas as instalações, os níveis de radiação permanecem inalterados, segundo o chefe da Aiea.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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