A Organização Meteorológica Mundial, OMM, disse que tem atuado com parceiros para fortalecer os planos de ação em saúde relacionados ao calor extremo. A coordenação acontece em níveis comunitário, nacional e internacional.
O mês passado foi o terceiro julho mais quente já registrado, após 2023 e 2024. O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia alertou que a temperatura média da superfície do mar também foi a terceira mais alta já notificada. Nos países de língua portuguesa, Portugal tem relatado incêndios florestais no norte do país, assim como outras nações da Europa incluindo França.
Ondas de calor e incêndios florestais
Os episódios extremos registrados na região vão desde ondas de calor que afetaram particularmente a Suécia e a Finlândia, num período excepcionalmente longo de temperaturas acima de 30°C. No sudeste da Europa, além de ondas de calor aconteceram incêndios florestais, com uma temperatura recorde nacional de 50.5 °C na Turquia.
Outros casos incluem temperaturas acima da média no Himalaia, na China e no Japão.
Ampliação global dos sistemas de alerta de calor para 57 países tem o potencial de salvar cerca de 98.314 vidas por ano
No reforço dos sistemas de alerta precoce de calor, alinhados com a iniciativa Alertas Precoces para Todos, a OMM é uma das 10 entidades especializadas que apoiam o Apelo à Ação contra o Calor Extremo do Secretário-Geral da ONU.
Para a vice-secretária-geral da OMM, Ko Barrett, “o calor extremo às vezes é chamado de assassino silencioso, mas com a ciência, os dados e as tecnologias atuais, o silêncio não é mais uma desculpa”. Ela ressalta que “cada morte por calor extremo é evitável.”
Doenças, lesões e mortes
Segundo as estimativas, entre 2000 e 2019 houve cerca de 489 mil mortes relacionadas ao calor a cada ano. Pelo menos 45% delas foram confirmadas na Ásia e 36% na Europa.
A agência reconhece que, em todo o mundo, o diagnóstico oficial e o total de pessoas afetadas por doenças, lesões e mortes relacionadas ao calor são subnotificados.
Nas cidades, o impacto do calor na saúde humana é maior devido ao efeito de ilha de calor urbana. Idosos e pessoas com doenças crônicas correm maior risco.
A agência realça a necessidade de ação com a extensão do gelo marinho do Ártico classificada como a segunda menor para julho no registro de satélite de 47 anos, nos mesmos níveis que em 2012 e 2021.
Interrupções no fornecimento de eletricidade e água
O calor persiste neste agosto, com máximas acima de 42 °C em áreas da Ásia Ocidental, sul da Ásia Central, grande parte do Norte da África, sul do Paquistão e sudoeste dos Estados Unidos registrando acima de 45 °C.
No Irã, as temperaturas máximas no sudoeste e no leste do Iraque ultrapassaram 50 °C, causando interrupções no fornecimento de eletricidade e água, nas atividades de educação e mão de obra.
OMM é uma das 10 entidades especializadas que apoiam o Apelo à Ação contra o Calor Extremo do Secretário-Geral da ONU
A OMM destaca ainda que nesta semana o Serviço Meteorológico Nacional do Marrocos emitiu um alerta de calor para temperaturas entre 40 e 47 °C.
O chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour, observou que normalmente, durante o verão, a combinação de calor extremo próximo à superfície e ar frio em altitude pode levar a chuvas extremas e inundações repentinas arrasadoras em topografia elevada, afetando ainda mais a vida das pessoas, a infraestrutura e os deslizamentos de terra.”
Campanhas de conscientização pública
Com as tarefas do apelo do Secretário-Geral da ONU à Ação contra o Calor Extremo pretende-se aprimorar a cooperação internacional para minimizar os impactos do calor. Nesse trabalho serão usadas “políticas econômicas e sociais direcionadas e ações concretas, incluindo campanhas de conscientização pública.
As quatro áreas essenciais abarcam cuidar dos vulneráveis, proteger os trabalhadores, aumentar a resiliência das economias e sociedades com base em dados e ciência e, por fim, limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C acima da média pré-industrial.
Populações em risco
A OMM executa suas ações de reforço dos sistemas de alerta precoce de calor, alinhadas com a iniciativa Alertas Antecipados para Todos.
O objetivo é garantir que as populações em risco recebam alertas em tempo útil, que incluam informações sobre proteção e fontes de assistência. `
Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde, OMS, e a OMM, a ampliação global dos sistemas de alerta de calor para 57 países tem o potencial de salvar cerca de 98.314 vidas por ano.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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