As Nações Unidas afirmam que o rompimento de uma barragem na Ucrânia é uma “monumental catástrofe humanitária, econômica e ecológica”.

Logo após o rompimento da usina hidrelétrica de Kakhovka, no sul do país, houve inundações desalojando milhares de pessoas. A área é controlada pela Rússia, que invadiu a Ucrânia no início de 2022.

Acesso a informações independentes

Falando a jornalistas, Em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU, António Guterres, citou as imagens trágicas de destruição na cidade de Nova Kakhovka, região de Kherson. Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança realiza uma sessão para debater a paz e segurança na Ucrânia.

Guterres explicou que as Nações Unidas ainda não têm acesso a informações independentes sobre as circunstâncias que levaram à destruição da barragem, mas consideram certo de que se trata de ”outra consequência arrasadora da invasão russa da Ucrânia”.

Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança realiza uma sessão para debater a paz e segurança na Ucrânia

Os efeitos são observados em pelo menos 80 cidades ao longo do rio Dnipro, além de Kherson e Nova Kakhovka.

O secretário-geral falou fa ampla inundação, as evacuações em grande escala e a devastação ambiental. Ele apontou ainda danos em plantações recentes e 16 mil afetados, além do perigo “à usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior instalação nuclear da Europa”, que já está sob ameaça.

ONU envia apoio ao local

Após o rompimento da barragem, houve cortes no abastecimento de água. A ONU e parceiros humanitários aceleraram o envio de apoio ao local.

Em coordenação com o Governo da Ucrânia, já foram enviados artigos como água potável, pastilhas de purificação de água e outros itens assistência vital. Para Guterres, a ação humanitária vai continuar e carece de acesso seguro e urgente.

Para o chefe da ONU, a tragédia é mais um exemplo do terrível preço da guerra para as pessoas. Ele pediu o fim do que chamou de comportas do sofrimento que estão transbordando há mais de um ano.

Agência Internacional de Energia Atômica havia descartado um risco imediato à segurança nuclear de Zaporizhzhia

Em meio a ataques contra civis e à infraestrutura crítica para a população, o secretário-geral pede ação internacional para garantir prestação de contas e o respeito ao direito humanitário internacional.

Carta das Nações Unidas

Para Guterres, mais do que tudo, o apelo é por uma paz justa segundo a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral.

A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, havia descartado um risco imediato à segurança nuclear de Zaporizhzhia. Mas alertou que a destruição levou a uma baixa significativa no nível hídrico em reservatórios usados para fornecer água de resfriamento para as instalações.

Em nota, o diretor-geral  da Aiea, Rafael Mariano Grossi, frisa que a falta de água de resfriamento nos sistemas essenciais por um longo período causaria o derretimento do combustível e a inoperabilidade dos geradores a diesel de emergência.

De acordo com a equipe da Aiea no local, os danos causados à barragem de Nova Kakhovka levaram a uma redução de cerca de 5 cm/hora na altura da água na represa.

No entanto, os especialistas continuam monitorando a taxa e todas as outras questões relacionadas, no local onde a linha principal de água de resfriamento é alimentada a partir do reservatório e bombeada por canais próximos da usina termelétrica.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).

To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).

Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.