Uma descoberta da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, Iarc, pode melhorar a detecção precoce da doença no pulmão.

Os pesquisadores identificaram marcadores de proteínas no sangue que estão associados ao diagnóstico do tipo de câncer considerado o mais comum. Esses biomarcadores foram usados para desenvolver um algoritmo que prevê casos futuros.

Detecção precoce

Para chegar ao resultado, foram medidas 1,2 mil proteínas em amostras coletadas de 731 pessoas com histórico de tabagismo e diagnosticadas com câncer de pulmão até três anos após a coleta de sangue.

As proteínas encontradas nessas amostras foram comparadas com as de 731 pessoas de idade, sexo e história de tabagismo semelhantes, mas que não desenvolveram câncer de pulmão três anos após a coleta de sangue.

Este foi o primeiro estudo a buscar os marcadores iniciais de proteínas para câncer de pulmão em amostras de sangue anteriores ao diagnóstico da doença.

A detecção precoce tem um papel importante no aumento das chances de cura. Quando a doença é identificada em estágio inicial, os pacientes podem receber tratamento de forma mais efetiva.

Um paciente com câncer é preparado para a radioterapia.

Triagem mais efetiva

No entanto, o diagnóstico é realizado por meio de exames de tomografia computadorizada, um procedimento que usa uma máquina de raios-X e emite uma baixa dose de radiação.

Por isso, os pesquisadores estão em busca de melhores estratégias para identificar e alcançar os indivíduos com maior probabilidade se beneficiar da triagem.

A cientista do Setor de Epidemiologia Genômica do Iarc e co-líder dos estudos, Hilary Robbins, disse que a triagem do câncer pode salvar vidas, mas “os benefícios devem ser equilibrado com os danos”.

Segundo ela, os biomarcadores sanguíneos mostram “forte potencial para identificar melhor as pessoas que desenvolverão câncer de pulmão no futuro, permitindo que a triagem seja direcionada a elas”.

Melhora da tomada de decisão clínica

Ao todo foram identificados 36 marcadores de proteínas que estão fortemente associados ao risco de desenvolver câncer de pulmão. A descoberta dos biomarcadores e o desenvolvimento do algoritmo preditivo são estudos separados, mas complementares.

O primeiro foi publicado como artigo na Nature Communications e o segundo no Journal of the National Cancer Institute.

Segundo os autores das pesquisas, o algoritmo de identificação de risco baseado em proteínas mostrou resultados superiores quando comparado a testes e questionários disponíveis no mercado. Isso indica que a nova ferramenta pode melhorar os procedimentos de avaliação de riscos.

O cientista e co-líder do estudo, Mattias Johansson, disse que os resultados são “promissores” e que a meta é “melhorar a tomada de decisão clínica no rastreamento do câncer de pulmão”. Ele disse que a equipe está “ansiosa” para “desenvolver e avaliar um ensaio que possa ser usado na prática”.

Para chegar nesse resultado, os pesquisadores utilizaram uma base de dados que reúne informações de 3 milhões de voluntários de pesquisa que foram acompanhados por vários anos.

Um assistente de pesquisa (à esquerda) recebe treinamento de um biólogo no Instituto Nacional de Câncer da Colômbia

2,2 milhões de novos casos

Em 2020, cerca de 2,2 milhões de novos casos de câncer do pulmão ocorreram globalmente. Quase 1,8 milhão de pessoas morreram pela doença.

O principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão continua sendo o tabagismo. Outras causas comuns incluem exposição à poluição do ar interior e exterior, fumaça de motores à diesel e amianto.

A maioria dos casos e mortes de câncer de pulmão ocorrem na Ásia, seguida pela Europa.

 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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